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26 detidos em Paris por protestos violentos contra o aumento da idade da reforma

Já há 26 detidos em Paris na sequência de mais um dia de violentos protestos contra as alterações à idade da reforma. Com Macron em Bruxelas, milhares de pessoas protestam, esta quinta-feira, nas ruas da capital francesa, sendo que cerca de cem manifestantes partiram vidros e atiraram pedras e outros projéteis aos agentes de autoridade.

26 detidos em Paris por protestos violentos contra o aumento da idade da reforma
DR

Este é o nono dia de greve e manifestação convocado pelos sindicatos, mas o primeiro desde a decisão que Macron tomou por decreto. O Governo francês invocou uma disposição constitucional na semana passada para que o projeto de lei fosse aprovado sem passar pela Assembleia Nacional francesa. O documento deverá agora passar por uma revisão do Conselho Constitucional de França antes de se tornar lei.

O Executivo de Macron sobreviveu a duas moções de censura na Câmara Baixa do Parlamento na segunda-feira.

“Estou muito chateada, trataram-nos como crianças”, reclamou Briens, de 61 anos. Decidiu manifestar-se após ver a aguardada entrevista de Macron esta quarta-feira: “É como se não existíssemos, como se não nos ouvisse.”

O presidente assumiu a “impopularidade” da reforma que quer ver adotada “até o final do ano” pelo “interesse geral” e deixou críticas aos sindicatos, à oposição e aos manifestantes mais radicais, que comparou a “subversivos”.

O líder do sindicato CGT, Philippe Martínez, acusou Macron de “atirar gasolina para o fogo”, em especial quando, há uma semana, várias cidades registaram protestos espontâneos, marcados pela queima de caixotes do lixo e acusações de violência policial.

Laurent Berger, líder do principal sindicato francês, CFDT, apelou a “ações não violentas” para manter o apoio da opinião pública, maioritariamente favorável às manifestações e opositora das alterações à lei.

Os sindicatos têm sido a base da contestação desde janeiro e, a 7 de março, conseguiram mobilizar entre 1,28 e 3,5 milhões de pessoas – segundo dados da polícia e dos organizadores, respetivamente -, nos maiores protestos contra uma reforma social em três décadas.

Esta quarta-feira, receberam o apoio de 300 profissionais da cultura, entre eles as atrizes Juliette Binoche e Camille Cottin, que num artigo publicado no jornal Libération pedem a revogação da lei que consideram “injusta”.

A manifestação desta quinta-feira é a primeira desde que Macron impôs o seu plano por decreto e revela-se crucial para saber se se mantém viva a mobilização contra as alterações que ainda esperam aprovação final. A polícia prevê “entre 600 e 800 mil pessoas em 320 ações”.

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