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Operação Babel: arguido afastado da empresa imobiliária envolvida

Elad Dror, fundador da Fortera, detido no âmbito da Operação Babel – investigação de combate a esquemas de corrupção na área do urbanismo das autarquias de Gaia e Porto – demitiu-se de CEO da promotora imobiliária.

Elad Dror
DR

O empresário israelita saiu em liberdade perante o pagamento de uma caução de um milhão de euros e a entrega do passaporte. Esta quarta-feira, o Grupo Fortera, emitiu um comunicado sobre a resignação de Elad Dror.

“Mais se informa que Elad Dror, atual CEO, irá resignar ao cargo com efeitos imediatos de forma voluntária, tal como declarado anteriormente diante do juiz aquando da sua audição, permitindo assim que a empresa possa continuar a sua atividade sem quaisquer interferências do e no processo em curso, que estimamos que termine sem mais acusações”, pode ler-se no documento.

No comunicado, a empresa explica ainda que “o projeto Skyline e o Centro de Congressos em Vila Nova de Gaia foram iniciados e apoiados pela Câmara Municipal de Gaia, tendo-o declarado como um empreendimento emblemático para a cidade, demonstrando assim o empenho em prestar assistência proporcional ao elevado investimento exigível para a sua execução”.

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Na Operação Babel, estão em causa crimes de recebimento ou oferta indevida de vantagem, corrupção ativa e passiva, prevaricação e abuso de poder, praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político, no caso o vice-presidente da Câmara de Gaia, Patrocínio Azevedo, que está acusado da prática do crime de corrupção. O autarca está em prisão preventiva. O medidor com a empresa Fortera, Paulo Malafaia, também ficou em prisão preventiva.

O processo principal centra-se “na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”.

Fortera diz que foi convidada pela autarquia para fazer a Torre Skyline e Centro de Congressos em Gaia, um dos projetos que é alvo da investigação.
Refere ainda que “o envolvimento do Grupo Fortera no projeto Skyline deriva de um convite da autarquia para construir um Centro de Congressos com capacidade para 2.500 pessoas.
Mas, em troca, foi concedida à empresa a capacidade de construção e respetivas isenções fiscais, sujeitas à aprovação pela Assembleia Municipal e sujeitas à discussão pública, tal como previsto na lei.

De acordo com a investigação, o processo principal da Operação Babel, centra-se “na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”.

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