Os trabalhadores da Portway, empresa responsável pelos serviços de assistência em terra nos aeroportos, anunciaram uma greve que afetará o período de Natal e Ano Novo. A paralisação, convocada pelos sindicatos da área, inclui a suspensão do trabalho suplementar, começando à meia-noite de 24 de dezembro de 2024 e terminando às 24:00 de 1 de janeiro de 2025. A greve será igualmente observada nos dias 24 e 31 de dezembro, com uma paralisação de 24 horas.
Em comunicado, os sindicatos representativos dos trabalhadores da Portway, como o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (Sindav), o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHAA), o Sindicato dos Trabalhadores de Handling, da Aviação e Aeroportos (Sitava) e o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pescas (Simamevip), explicaram que a medida se deve à recusa da empresa em cumprir um aumento salarial acordado.
De acordo com o comunicado divulgado, os sindicatos afirmaram que, a 8 de novembro, solicitaram a abertura de um processo de conciliação junto dos serviços da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), com agendamento marcado para o dia 18 de dezembro. No entanto, os sindicatos lamentaram que a reunião só tenha sido agendada para esta data devido a motivos alheios à sua vontade. Apesar desta tentativa de resolução, a empresa manteve a sua posição, o que levou os trabalhadores a convocar a greve.
A paralisação abrange não só o trabalho suplementar, mas também o trabalho em dias feriados que sejam dias normais de trabalho, entre 24 de dezembro de 2024 e 2 de janeiro de 2025. A greve também impactará componentes salariais importantes, como subsídios de turnos, horas extraordinárias, subsídios de férias e de Natal. Para os trabalhadores, o cumprimento do aumento salarial tem efeitos diretos não só no salário base, mas também nas componentes associadas, o que implica consequências na base de negociação para 2025.
Os sindicatos sublinham que a situação não tem outra solução senão a greve, dado o impasse nas negociações. A Portway ainda não se pronunciou sobre o impacto que a greve poderá ter nas operações dos aeroportos durante o período festivo.
