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PCP exige reversão imediata do encerramento das urgências dos Covões e acusa Governo de destruir o SNS

O Partido Comunista Português (PCP) exigiu hoje a reversão imediata da decisão da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra de encerrar o serviço de urgência do Hospital Geral, conhecido como Hospital dos Covões, transformando-o num centro de atendimento clínico

Em comunicado enviado à agência Lusa, o PCP classifica a decisão como “errada e inaceitável”, defendendo que o encerramento das urgências representa “mais um golpe na capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde” e “um passo deliberado no caminho do desmantelamento dos serviços públicos de saúde”.

A administração da ULS de Coimbra, presidida por Alexandre Lourenço, anunciou que, a partir de hoje, o Hospital dos Covões passa a assegurar apenas situações agudas não emergentes, recebendo utentes encaminhados pela Linha SNS24 ou por outras unidades hospitalares.

Para o PCP, esta medida “repete o erro cometido em 2012”, aquando da primeira tentativa de encerramento das urgências, “então também sob um governo PSD/CDS”. O partido sublinha que “a população abrangida pela área de influência do Hospital dos Covões justifica plenamente a manutenção integral das urgências”.

“As urgências não são gorduras, não são redundâncias, não são desperdícios”, afirma o PCP, contrapondo que “as verdadeiras gorduras estão nas parcerias público-privadas, nas convenções e na contratação privada de meios quando existe capacidade instalada no público”.

O partido responsabiliza ainda a fusão dos Centros Hospitalares de Coimbra, que deu origem ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), pela “desarticulação dos serviços e encerramento de várias valências”, considerando que a criação da ULS agravou o problema ao “concentrar estruturas e tornar a gestão mais pesada e distante das populações”.

Segundo o PCP, o encerramento das urgências dos Covões e o consequente encaminhamento dos doentes para o Bloco Central do CHUC “apenas aumentará o caos, a sobrelotação e a degradação das condições de atendimento”, favorecendo “o crescimento do negócio da doença em detrimento da saúde pública”.

O partido conclui que a reversão da decisão da ULS de Coimbra é “uma exigência inadiável” e apela à mobilização das populações e dos profissionais de saúde “em defesa do direito à saúde e de um SNS público, universal e de proximidade”.

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