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ALGARVE: Predomínio de Jovens Brasileiros no Turismo Algarvio Realça Importância Cultural e Socioeconómica da Imigração

Imigrantes Jovens do Brasil Lideram Força de Trabalho no Setor Turístico Algarvio

Um estudo recente, promovido pelo laboratório colaborativo KIPt e divulgado pela agência Lusa, revela que quase metade dos trabalhadores imigrantes no setor do turismo no Algarve são jovens adultos entre 30 e 39 anos, predominantemente brasileiros. A pesquisa, realizada através de 499 questionários aplicados entre o verão de 2023 e o início de 2024, traça um perfil detalhado destes profissionais, identificando três categorias de imigrantes com distintas motivações e perspectivas de permanência em Portugal.

Perfil Cultural e Socioeconómico de Jovens Imigrantes

O principal perfil identificado, que representa 47,8% dos inquiridos, caracteriza-se por jovens adultos brasileiros que veem Portugal como uma extensão cultural das suas origens e buscam melhorar as condições de vida num país próximo em valores e idioma. Este grupo demonstra uma “intenção relativamente sólida” de permanecer em Portugal, impulsionado pela estabilidade financeira e pela segurança, ainda que a satisfação com as condições de vida seja descrita como “moderada”. Esta insatisfação pode, contudo, ameaçar a permanência destes trabalhadores a longo prazo.

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Perspectiva de Melhoria de Qualidade de Vida Atrai Jovens do Brasil, Índia e Nepal

Outro perfil identificado no estudo abrange 43,9% dos participantes, na maioria jovens entre os 20 e 29 anos, oriundos do Brasil, Índia e Nepal. Atraídos pela promessa de uma vida melhor e oportunidades de desenvolvimento pessoal, estes imigrantes são maioritariamente solteiros, com escolaridade que varia do ensino secundário ao superior. Ao contrário do primeiro grupo, este perfil regista uma elevada satisfação com as condições de vida em Portugal, o que reforça as suas intenções de integração a longo prazo.

Imigrantes Europeus e a Busca pelo Desenvolvimento Profissional

O terceiro e último perfil é composto por 8,3% da amostra, composto por imigrantes europeus qualificados que valorizam Portugal como uma plataforma para networking e desenvolvimento de carreira, mas não como um destino permanente. Estes profissionais, atraídos pela possibilidade de expandir redes de contacto e aprimorar competências, mostram maior propensão para emigrar ou regressar ao seu país de origem devido a uma menor ligação à cultura portuguesa e insatisfação com algumas condições de vida.

Conclusões e Reflexões sobre o Futuro da Mão-de-Obra Imigrante

O estudo do KIPt destaca a relevância da mão-de-obra imigrante no setor turístico do Algarve, realçando como as afinidades culturais e as condições socioeconómicas se refletem na decisão de muitos jovens brasileiros de se estabelecerem em Portugal. Em contrapartida, a ambição de progressão de carreira e a satisfação com a vida no país ditam as perspetivas de integração de outros grupos imigrantes.

Este panorama evidencia a necessidade de políticas migratórias e de integração que respondam aos desafios e às expectativas destes trabalhadores, fundamentais para a vitalidade e sustentabilidade do setor turístico em Portugal.

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