Em Angola, o líder da UNITA, na qualidade de deputado angolano no parlamento Pan-africano, condena o silêncio dos estados-membros em relação à instabilidade pós-eleitoral em Moçambique.
Adalberto Costa Júnior não quer que a organização não se distancie da crise moçambicana, mas que tome uma posição, para o fim do conflito no país do Índico.
Várias vozes ao redor do mundo continuam a criticar o escalar da violência policial moçambicana contra os jovens, que não se reveem nos resultados eleitorais da Comissão Nacional Eleitoral.
O presidente da União Nacional para Independência de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, está preocupado com o elevar da crise pós-eleitoral moçambicana e insta os estados-membros do Parlamento Pan-africano pronunciarem-se sobre à situação que se vive em Moçambique.
“Não seria bom que Parlamento Pan-africano ficasse a distância do conflito que se está a passar aqui ao lado. Que apelasse a intervenção de todos os seus membros, para que não se caminhasse para mais um conflito ou para mais uma grande instabilidade e para que se pudesse pôr fim aos atos de violência, particularmente a violência contra as populações”, apelou o líder da UNITA.
O também deputado da UNITA no Parlamento Pan-africano entende que a juventude moçambicana está apenas a exigir justiça eleitoral, porque não acredita na vitória de Daniel Chapo, candidato Presidencial do partido FRELIMO.
“A nossa juventude que maioritária, no âmbito das populações do continente, vai se mostrando alguma dela um pouco frustrada com às instituições e reage quando os direitos democráticos não são garantidos e, alguma desta juventude, vai para posições radicais. Era importante que nós não permitíssemos que esse fosse o caminho. Não permitindo isso, é intervir ou fazer valer o respeito pelos direitos humanos, é fazer o respeito pelos estados de direitos e democráticos… é fazer os direitos pelos atos de eleições transparentes e democráticas”, disse Adalberto Costa Júnior.
Na opinião do político, para que se evite conflito eleitoral é necessário que haja processos eleitorais transparentes e apela ajuda do continente, para Moçambique a solucionar os casos de violência que vive.