Uma delegação da Associação dos Profissionais da Guarda – APG/GNR – promove uma ação de protesto onde está o Ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, na Cerimónia Militar do dia da Unidade de Castelo Branco, esta terça-feira, no Parque Urbano Comendador João Martins, em Proença-a-Nova.
Um dia da Unidade, que a APG/GNR não quer que seja só de festa, mas também para dar voz aos profissionais que prestam serviço na Unidade sobre as reivindicações em causa, designadamente quando exigem dignidade no desempenho das suas funções.
No caso do Comando Territorial de Castelo Branco a questão das instalações merece uma resposta urgente. De acordo com. APG/GNR, “em 2020, o então responsável da Tutela, Eduardo Cabrita, prometeu 4,5 milhões de euros para investir em instalações da Unidade, sendo que ainda hoje se desconhece o destino da totalidade de tal verba”.
A APG refere como exemplo os “Postos Territoriais do Fundão e de Vila Velha de Ródão, ambos inscritos na Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos do MAI 2017/2021”.
No caso do Fundão “percebe-se mal a falta de urgência no encontro de uma solução, sendo que temos conhecimento que o projecto de construção do novo posto foi já alvo de cerca de 3 dezenas de alterações”.
O Fundão é a única cidade do interior que é da exclusiva responsabilidade da GNR, com um volume de trabalho considerável, sendo que os profissionais prestam serviço em instalações desadequadas, sem condições quer para si, quer para os cidadãos.
O caso do Posto de Vila Velha de Ródão “é igualmente caricato, na medida em que está sem telhado desde Janeiro de 2021, estando presentemente os profissionais a prestar serviço em instalações sem o mínimo de condições.
Posto isto, a APG/GNR considera que a presença do MAI nas comemorações do dia da Unidade não deveria servir apenas como cartaz publicitário de apoio à Instituição, deveria sobretudo servir para tomar conhecimento da realidade no terreno e adotar medidas urgentes para encontrar soluções capazes de dar resposta à necessidade de condições de serviço e às reivindicações dos profissionais da GNR do Comando de Castelo Branco.
A associação acrescenta que, além destas situações concretas, o protesto visa também reivindicar a “revisão do sistema remuneratório, de aumentos que reponham poder de compra, de dignificação das funções de segurança pública, bem como a pertinência de se garantir o direito de associação sindical na GNR. Independentemente destas reivindicações que são comuns a todo o efetivo nacional”.