“Salazar e a Educação do Estado Novo”
No passado dia 05 de Fevereiro de 2023, foi apresentado um livro da autoria do albicastrense que foi ex- Ministro da Educação Eduardo Marçal Grilo, a obra apresentada com a chancela da editora Clube do Autor foi “Salazar e a Educação no Estado Novo”. O evento decorreu na Biblioteca Egas Moniz da Escola Secundária Nuno Álvares (antigo Liceu Nacional Nuno Álvares), que foi organizado pelo Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, a Editora Clube do Autor e a Editora Bertrand.
Na Mesa esteve o autor, o Director do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, António Carvalho e o Director da editora Clube do Autor, João Gonçalves. O Director da editora Clube do Autor, apesar de não ser natural de Castelo Branco, conhece bem a cidade, pois a sua mãe e duas das suas irmãs nasceram em Castelo Branco.
O Director do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, resolver tomar a iniciativa de fazer a apresentação do referido livro em Castelo Branco, no antigo Liceu onde estou Eduardo Marçal Grilo.
Foi referido o prefácio do livro feito por Marcelo Rebelo de Sousa. Uma época que marcou o país entre 1933-1968; as principais medidas aplicadas na época pelos ministros da educação; uma obra dividida em 6 capítulos; o I Capítulo refere-se ao pensamento do mentor do regime do Estado Novo – António Oliveira Salazar, sendo um pensamento único, autocrata e nacionalista; no II Capítulo os modelos aplicados pelos ministros da educação. Um modelo fechado, um modelo que limitou a forma activa que os intelectuais pretendiam fazer várias reformas, e mesmo seguindo alguns modelos educativos dos regimes democráticos na Europa.
O Autor do livro, trabalho cerca de 3 décadas na Fundação Calouste Gulbenkian,várias vezes foi a Castelo Branco, apesar de ter deixado de viver nesta cidade aquando foi estudar no Instituto Superior Técnico de Lisboa, sempre foi bem recebido na Escola Secundária Nuno Álvares sua antiga casa durante 7 anos. Mas, em Castelo Branco também esteve no Jardim Escola João de Deus e na Escola Primária da Senhora da Piedade.
Foi destacada a figura de Oliveira Salazar, pessoa que nos seus discursos pouco se refere à educação, sendo mesmo difícil saber o que realmente pensava o criador do Estado Novo sobre educação. Em entrevistas de Christine Garnier e António Ferro é referido algumas coisas sobre o pensamento educativo enquadrado com o regime.
Foi referido o comportamento e algumas reformas dos ministros da educação: Carneiro Pacheco, Galvão Teles, Leite Pinto, Pires de Lima e Mário Figueiredo.
As escolas tinham como referência a fotografia do Presidente do Concelho, António Oliveira Salazar, do Presidente da república, Óscar Carmona (em outras situações Higino Craveiro Lopes e Américo Tomaz) e do crucifixo.
Os alunos descalços na Escola Primária, enquanto estudante, a sua entrada no Liceu Nuno Álvares em 1952 e os professores que o marcaram durante 7 anos como estudante dessa escola.
Falou da sua vivência na cidade de Castelo Branco, de uma cidade que era praticamente uma aldeia.
A evolução do ensino em regime obrigatória que passou sucessivamente de 3 anos, para 4 anos e finalmente 6 anos.