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Armindo Jacinto: O Cavaleiro Templário das Ilusões e o Bobo da Corte de Idanha-a-Nova

Em pleno século XXI, no palco da BTL (Feira Internacional de Turismo de Lisboa), assistimos a uma exibição que mais parecia um resquício de um filme de fantasia medieval. Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, apareceu de espada à cintura, com uma postura de cavaleiro templário, como se estivesse prestes a conquistar terras longínquas ou enfrentar um dragão, em vez de resolver os verdadeiros problemas da sua terra. A grande questão é: quem será, de facto, o verdadeiro cavaleiro templário nesta história? O autarca, com a sua performance pomposa, ou os habitantes de Idanha-a-Nova, que se veem à mercê de promessas vazias e projetos sem consistência?

Jacinto não estava sozinho nesta encenação. Acompanhado por uma “corte” de cavaleiros – ou melhor, figurantes de uma história medieval de segunda categoria – o presidente tentou criar uma imagem de força e poder. Com um sorriso confiante e um olhar de quem acredita na própria fantasia, ele parecia querer convencer a todos (e talvez a si mesmo) de que estava a conduzir o seu município para uma era de ouro. No entanto, a realidade que se esconde por trás dessa encenação é outra.

Foto: D.R. Município De Idanha a Nova

Armindo Jacinto, ao invés de enfrentar as questões concretas e urgentes da sua terra, dedicou-se a alimentar uma narrativa que muito lembra um conto de fadas. Promessas de prosperidade, turismo, e cultura para Idanha-a-Nova, que são tão efémeras quanto o brilho da sua espada. A verdade é que, por trás da capa de cavaleiro, não se vê um plano de ação, uma estratégia eficaz para o desenvolvimento da região. O que se vê, sim, é uma encenação cuidadosamente montada, uma tentativa de vender uma imagem de líder forte e visionário, mas que, na prática, acaba por revelar um homem que se perde nas suas próprias ilusões e se transforma em o Bobo da Corte.

Ao invés de analisar os reais desafios da região, Armindo Jacinto escolhe viver no passado, em uma época em que os cavaleiros templários tinham, de facto, poder e prestígio. No entanto, esse poder não é mais real nem relevante. A Idanha-a-Nova do século XXI precisa de mais do que espadas afiadas e cavaleiros a postos; precisa de uma liderança pragmática e realista, que compreenda os desafios contemporâneos e saiba como enfrentá-los. Não se governa uma terra com base em ilusões e promessas grandiosas, mas com trabalho constante, coragem e uma visão de futuro sólida.

A imagem de Jacinto, posando como um herói medieval, fica ainda mais comprometida quando olhamos para a realidade da sua gestão. Com um sorriso nervoso e a mão erguida como se fosse um monarca em discurso, o autarca tenta fazer passar uma mensagem que, na verdade, soa mais a um teatro do que a uma ação política substancial. No entanto, o que se passa por detrás dessa fantasia? Será que o próprio Armindo Jacinto acredita realmente na farsa que está a vender, ou estará ele apenas a tentar convencer os outros de algo que sabe ser falso?

O Cavaleiro das Ilusões: Armindo Jacinto e a Grande Farsa de Idanha-a-Nova

Os habitantes de Idanha-a-Nova, como espectadores passivos desta grande farsa, têm assistido a este espetáculo durante anos. A sua terra, que deveria ser um exemplo de desenvolvimento e prosperidade, tem sido marcada por uma gestão que não consegue alinhar as promessas com a realidade. O presidente, tal como um cavaleiro templário perdido em batalhas imaginárias, parece estar cada vez mais distante das verdadeiras necessidades da sua população. Enquanto a região luta com questões como o despovoamento, a falta de infraestruturas adequadas, e a estagnação económica, Jacinto segue em frente com os seus sonhos de grandeza, ignorando os apelos por uma gestão mais eficiente e centrada na realidade.

No fundo, o grande erro de Armindo Jacinto foi acreditar que a política se constrói através de fantasias e símbolos medievais. A liderança verdadeira não se mede pela espada que se ostenta, mas pela capacidade de tomar decisões difíceis e enfrentá-las com coragem. Em vez de andar de capa e espada, talvez o presidente devesse começar a perceber que, para ser um líder verdadeiro, precisa de algo mais do que aparências: precisa de um plano de ação, de uma visão concreta para o futuro da sua terra.

A grande lição que fica de toda esta farsa é simples: a política não é um palco de teatro, onde se encenam personagens e se vendem ilusões. É, acima de tudo, um campo de trabalho árduo, onde as promessas precisam ser cumpridas e as decisões, muitas vezes dolorosas, precisam ser tomadas com humildade e realismo. Para Armindo Jacinto neste último seu mandato, talvez seja altura de abandonar a espada e olhar para o futuro de Idanha-a-Nova com os pés bem assentes no chão. Quem sabe, um dia, a sua “corte de cavaleiros” perceba que o verdadeiro poder não está na fantasia, mas na capacidade de transformar a realidade.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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