1)MÚSICA VIOLAS ENCANTADAS
Sábado, 8 de Julho-21H3O
Centro Cultural de Alcains
Domingo, 9 de Julho-18h
Centro de Cultura Contemporânea-M/06
Bilhete: 5€
2) TEATRO UM HAMLET TRAGICÓMICO
Teatro das Beiras-Sábado, 8 de Julho-21h30
Monte do Índio-M/06
ENTRADA GRATUITA
1) VIOLAS ENCANTADAS
Violas EnCantadas é um projecto que nasceu da vontade de dois amigos improváveis pela lonjura, que para o caso (tanto mar, tanto mar…) estão próximos, tanto na amizade de mais de vinte anos, como através dessas violas EnCantadas de Portugal e Brasil: José Barros e Fernando Deghi, aos quais se junta outro amigo provável das nossas violas, o Ricardo Fonseca. Completa-se assim o projecto Violas EnCantadas. Porque Portugal (José
Barros e Ricardo Fonseca) e Brasil (Fernando Deghi) estão com estas violas muito mais próximos do que a distância o poderia indiciar. Virgilio Ferreira, grande escritor português, disse sobre a língua portuguesa e a lusofonia: “Da minha língua vê-se o mar”. Nós acrescentaríamos: “Da minha língua e na minha viola vê-se o mar”. As violas tradicionais
portuguesas (violas: campaniça, beiroa, braguesa, toeira, da terra, de arame, amarantina, guitarra portuguesa…) acompanhavam os emigrantes portugueses para o Brasil, cruzaram oceanos e através da música e da cultura de portugueses e brasileiros nasceu a viola brasileira, viola caipira, com uma identidade própria e história riquíssima no Brasil (e reconhecida hoje em Portugal). As violas portuguesas continuaram o seu caminho
riquíssimo na cultura musical portuguesa e continuam hoje com a força que têm há mais de 500 anos. Cruzar os sons destas violas nos dias de hoje é perceber a individualidade de cada viola, mas principalmente o tanto que as aproxima quer seja nas cordas das violas, quer seja no canto português ou brasileiro. São estas as ideias que estão na génese do
projecto Violas EnCantadas: o que pode acontecer entre a viola caipira ou a harpa viola de Fernando Deghi (virtuoso violeiro e compositor reconhecido mundialmente), com a voz, a viola campaniça, viola braguesa, a caipiresa, de José Barros (mais de 20 discos em nome individual, sempre dedicado à cultura musical portuguesa), com a amarantina, a beiroa, a
campaniça de Ricardo Fonseca (virtuoso violeiro e compositor das violas tradicionais portuguesas). Com este Trio Violas EnCantadas vamos ainda mais longe procurar o que tanto aproxima a cultura musical entre Portugal e o Brasil, entre as canções populares brasileiras e portuguesas, tocar e cantar a cultura destas violas de arame, perceber porque é que o mar que tanto nos separa é o mesmo que tanto nos aproxima. Nós, Fernando,
Ricardo e José Barros já não estamos separados nesta viagem das violas de arame, das cordas duplas
2) UM HAMLET TRAGICÓMICO
“Um Hamlet Tragicómico”, criação original de Paulo Calatré, parte da reescrita da tragédia mais conhecida do dramaturgo e poeta inglês, William Shakespeare (1564-1616), com o objetivo de a apresentar a um público heterogéneo, convidando-o de uma forma lúdica ao contacto com uma das mais emblemáticas obras da dramaturgia clássica mundial.
“A peste e a guerra assolam o país, as companhias organizam-se em pequenos grupos de saltimbancos e percorrem o território para sobreviverem e assegurarem o futuro da sua arte. Em cada vilarejo montam o seu estrado, preparam os figurinos, retocam as máscaras e relembram as réplicas da única obra que sabem de memória, “Hamlet” de W. Shakespeare. A obra original apenas sobrevive na memória dos atores e é essa a versão que vão contar. O público desconfia dos cómicos mas lá se vai instalando na praça para receber o espectáculo”. A memória transformou-se com o tempo e foi alterando a narrativa original da obra. Que Hamlet é este depois de tantos anos na estrada? O que resta? No que
se transformou? Será condenada a desaparecer ou resistirá ao tempo e à memória?
“Um Hamlet Tragicómico” parte do jogo dos atores, com uma linguagem que tenta encontrar ecos na escrita da poesia popular e nas técnicas da Commedia Dell’Art, do Clown, do Teatro Físico e da Improvisação. “Um Hamlet Tragicómico”, a verdadeira história, inventada, de Hamlet, o Príncipe da Dinamarca.
Ficha artística:
A partir de William Shakespeare
Autoria, Encenação e Cenografia: Paulo Calatré
Figurinos e adereços: Patrícia Costa
Sonoplastia: João Nuno Henriques
Desenho de luz: Hâmbar de Sousa
Interpretação: Bernardo Sarmento, Gonçalo Babo, Sílvia Morais, Susana
Gouveia e Tiago Moreira
Apoio à montagem: William Alves
Costura: Alice Mendes (figurinos) e Lucinda Silva (cenário)
Carpintaria: Ivo Cunha
Cartaz: Hugo Ramos
Produção e Comunicação: Celina Gonçalves
Assistência de produção e comunicação: Patrícia Morais
Vídeo promocional e fotografias: Ovelha Eléctrica
Direção artística do Teatro das Beiras: Fernando Sena
Duração: aprox. 60 minutos