Anousa ‘Jack’ Luangsuphom, um proeminente ativista e crítico do governo do Laos, encontrava-se sentado num café em Vientiane quando foi mortalmente baleado.
O homicídio do ativista Anousa ‘Jack’ Luangsuphom, de 25 anos, aconteceu a 29 de abril, quando este frequentava um café da capital do Laos. As imagens das câmaras de segurança mostram um homem que entra no café em questão, utilizando uma máscara facial para abrir a porta, de forma a não deixar impressões digitais. Uma vez lá dentro, dispara duas vezes na direção de Anousa, que foi alvejado à queima roupa, na cara e no peito.
“O homicídio a sangue frio de um proeminente jovem ativista político no centro de Vientiane envia uma mensagem arrepiante de que ninguém no Laos que critique o governo está seguro”, disse Elaine Pearson, diretora da Human Rigts Watch e da Amnistia Internacional para a Ásia, citada pelo jornal britânico The Guardian.
Anousa era administrador da página de Facebook Kub Kluen Duay Keyboard (Driven By Keyboard), com 43.000 seguidores e que servia de plataforma crítica ao governo do país do Sudeste Asiático.
O ativista administrava ainda a página de Facebook Sor Tor Lor – a República – que ia ao encontro da Amnistia Internacional, apresentando postagens sobre questões sociais, ambientais, económicas e políticas no Laos, como sejam a poluição e os direitos LGBTQ+.
“As autoridades do Laos devem iniciar urgentemente uma investigação imediata, completa, independente e imparcial sobre o homicídio chocante de um jovem ativista que ousou falar sobre questões de direitos humanos no país. Nenhum defensor dos direitos humanos deve ser morto pelo seu trabalho”, disse, por sua vez, Joe Freeman, vice-diretor regional interino de comunicações da Amnistia Internacional.