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Azeite: Produção Nacional Regista Aumento de 15%, mas Preço Continua a Ser Ditado por Espanha

A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano cerca de 15%, atingindo as 170 mil toneladas, de acordo com a estimativa da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, a maior organização do setor no país. Esta previsão foi avançada pela diretora executiva da associação, Susana Sassetti, em declarações à agência Lusa, sublinhando que este crescimento será impulsionado principalmente pelos olivicultores e lagares associados à Olivum, que, no ano passado, produziram aproximadamente 105 mil toneladas de azeite, alcançando este ano um total de 120 mil toneladas.

Foto: Gazeta Rural – Susana Sassetti

A Olivum, que representa cerca de 70% da produção nacional, acredita que a campanha nacional de azeite em 2025 pode alcançar as 170 mil toneladas, com base nos dados da sua produção. Susana Sassetti apontou que a produção nacional de azeite no ano passado foi de 150 mil toneladas, conforme informações do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, a responsável alertou que a representação dos associados da Olivum pode não refletir a totalidade da produção nacional, uma vez que novos olivais têm sido plantados e já começaram a entrar em produção.

Em relação aos preços do azeite, Susana Sassetti foi clara ao afirmar que o preço do azeite não é influenciado pela produção nacional, mas sim pelo mercado espanhol, que é o maior produtor mundial. A responsável explicou que, enquanto Portugal gera uma produção de cerca de 150 mil a 200 mil toneladas, a produção de azeite em Espanha pode atingir até 1,4 milhões de toneladas, o que, em anos de seca, pode causar variações nos preços. No entanto, com a recuperação da produção em Espanha neste ano, a tendência é para uma diminuição do preço, embora este não volte aos níveis registados há quatro ou cinco anos.

A campanha de azeite deste ano foi marcada por uma produção de azeitona superior à do ano passado, mas com um rendimento em azeite semelhante, devido às condições climatéricas. A produção teve início mais cedo do que o habitual, resultando em azeites de boa qualidade, embora a fase final tenha sido afetada por chuvas e calor, condições que podem favorecer o aparecimento de doenças e pragas nos olivais.

A Olivum, constituída em 2013, representa mais de 50 mil hectares de olival e 20 lagares em todo o país. Portugal é atualmente o sexto maior produtor de azeite no mundo e o quarto maior produtor na Europa, um setor que continua a mostrar grande resiliência, apesar dos desafios climáticos e das flutuações no mercado global.

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