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Beira Baixa aplaude parecer negativo da APA à central no Cabril

A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa saúda a decisão da Agência Portuguesa do Ambiente que, em 3 de Julho, emitiu parecer desfavorável ao projecto de central fotovoltaica flutuante na barragem do Cabril, alertando para riscos ambientais, paisagísticos e de segurança.

Central flutuante em risco ambiental e paisagístico A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu parecer negativo ao projecto de instalação de uma central solar flutuante na albufeira da barragem do Cabril, situada entre os concelhos da Sertã, Pampilhosa da Serra e Pedrógão Grande. A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) sublinha que o avanço do empreendimento colocaria em causa a biodiversidade, a qualidade da água e a paisagem local. O presidente da CIMBB, João Lobo, alertou para «impactos negativos na flora, fauna e paisagem», conforme contactado pelo jornalista Paulo Braz.

Segurança e usos socioeconómicos comprometidos Além dos efeitos ecológicos, a CIMBB destaca que a central limitaria actividades náuticas e afectaria o abastecimento de meios aéreos contra incêndios, essenciais na região . De realçar que o estudo de impacto ambiental já apontava efeitos negativos nestas vertentes.

Unidade regional e oposição consolidada A posição da Beira Baixa acompanhou a oposição expressa pelas Comunidades Intermunicipais de Coimbra e Leiria durante a consulta pública realizada entre 7 de Março e 17 de Abril; as três entidades emitiram um parecer conjunto a 14 de Abril.

O Município da Sertã também manifestou firme oposição desde 2024, com moção aprovada em Assembleia Municipal (28 de Junho), intervenção na Comissão Parlamentar do Ambiente e apresentação de argumentos técnico‑jurídicos durante a consulta pública .

Consulta pública com forte adesão à rejeição Foram entregues mais de 230 exposições durante o período de consulta, das quais 194 se declararam contra o projecto, enquanto apenas 12 expressaram apoio. Os relatórios encontram-se disponíveis online no portal participa.pt.

Consequências jurídicas exigidas A CIMBB anunciou que continuará vigilante no processo e espera que o projecto seja definitivamente cancelado. A comunidade exige ainda a instauração de responsabilidades jurídicas para a concessionária (Voltalia) e para os decisores envolvidos.

Conclusão A rejeição pela APA de um projecto com elevado potencial de impacto reforça a defesa da integridade ambiental e segurança regional. A CIMBB mantém a expectativa de que o parecer implique o cancelamento definitivo da iniciativa e responsabilizações adequadas, aguardando próximos desdobramentos conforme a legislação ambiental e de planeamento.

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