O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu a possibilidade de uma “guerra total” no Médio Oriente, à medida que os confrontos entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, se intensificam. Em declarações feitas durante uma entrevista no programa “The View” da ABC, Biden considerou que a situação atual constitui um “ponto de viragem na história”, sublinhando que o que ocorrer “a curto prazo” poderá definir o destino do mundo nas próximas décadas.
Os comentários do líder norte-americano surgem num momento em que o conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo xiita libanês, já resultou na morte de centenas de pessoas, aumentando os receios de uma guerra de maior escala na região. Apesar do clima de tensão, Biden afirmou que ainda existe uma janela de oportunidade para evitar um agravamento da violência, mencionando a possibilidade de um acordo que possa transformar a realidade no Médio Oriente.
“Há uma possibilidade, não quero exagerar, mas há uma possibilidade de que, se conseguirmos um cessar-fogo no Líbano, isso nos permita abordar a situação na Cisjordânia”, explicou Biden, deixando claro que a resolução do conflito palestiniano continua a ser uma prioridade. O Presidente norte-americano sublinhou ainda a importância de encontrar uma solução para a situação em Gaza, e afirmou que está a dedicar “toda a energia” da sua equipa a alcançar este objetivo.
Na véspera, durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Biden tinha já alertado para os perigos de uma “guerra em grande escala” no Médio Oriente, insistindo na necessidade de dar uma oportunidade à diplomacia, num apelo a uma solução pacífica que impeça uma escalada irreversível no conflito.