Para reforçar a segurança na capital portuguesa, vão ser instaladas mais de 200 câmaras de vigilância em 16 zonas da cidade. Este sistema já vigora no Bairro Alto e Santa Catarina. Cais do Sodré, Restauradores, Campo das Cebolas e Ribeira das Naus integram a primeira fase do protocolo, assinado esta sexta-feira (17 de novembro), entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Polícia de Segurança Pública (PSP).
A partir de 2024, Lisboa vai reforçar a monitorização por vídeo em algumas das zonas mais movimentadas, anunciou o presidente da Câmara, Carlos Moedas, após a assinatura do protocolo entre a autarquia e o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP para a instalação e utilização do sistema de vídeo proteção no município.
Ao longo de 2024, também vão ser lançados concursos para instalar aparelhos semelhantes noutras 11 outras áreas. São elas: Praça do Comércio, Cais das Colunas, Praça D. Pedro IV, Praça da Figueira, Rua Augusta, Rua do Ouro, Rua da Prata, Rua do Comércio, Rua dos Fanqueiros, Santa Apolónia/Rua dos Caminhos de Ferro e Santa Apolónia/Avenida Infante Santo. No final do próximo ano, a capital contar com 112 câmaras.
“Tudo o que for investir nas forças de segurança e dotar de meios que acrescentam valor para a sua missão vale a pena”, defendeu Carlos Moedas, recordando que a primeira zona da capital a receber sistema de videovigilância foi o Bairro Alto, em maio de 2014.
Cais do Sodré, Restauradores, Campo das Cebolas e Ribeira das Naus fazem parte da primeira fase deste projeto, que prevê a instalação de 97 câmaras de vigilância. No primeiro semestre de 2024, será lançado um concurso para instalação de mais 112 câmaras, nas restantes 11 zonas da cidade.
Santa Catarina e Bairro Alto, os primeiros
Atualmente, o sistema de vídeo proteção já está em funcionamento na zona do Bairro Alto e Santa Catarina.
“É um momento verdadeiramente importante para nós e para a cidade”, refere o presidente do município, Carlos Moedas, que afirma que “Lisboa é das cidades mais seguras do mundo e nós temos de manter essa segurança. Sem segurança não temos nada, sem segurança não podemos investir em inovação.”
O investimento da autarquia será de cerca de 5,3 milhões de euros, mas 1,5 milhões de euros, desse montante, vão ser utilizados para melhoria das imagens visualizadas pela PSP.
A “vídeo proteção dá-nos a capacidade de agir imediatamente. Vídeo proteção porque isto não é vigilância, isto é proteção, é feita com toda a segurança, respeitando todos os parâmetros de proteção de dados e da privacidade dos cidadãos”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Mais policia na rua
“Em Lisboa precisamos de mais polícias, da Polícia de Segurança Publica (PSP) e da Polícia Municipal (PM), na rua. Esta é uma prioridade para Lisboa, que eu tenho transmitido ao governo, ao ministro da Administração Interna”, afirmou Carlos Moedas, adiantando que a autarquia vai investir “na habitação para os nossos policias, porque temos que cuidar desses nossos profissionais”.
Carlos Moedas aproveitou a ocasião para anunciar que existem “40 vagas habitacionais para 40 policias
Do ponto de vista do autarca lisboeta, “a visibilidade de polícias na rua é essencial para as pessoas se sentirem seguras e para sentirem essa segurança todos os dias”, adiantando que, no caso da PM, é necessário um reforço urgente de 150 agentes, apesar de estar prevista a entrada de 30 novos elementos para essa força municipal. Um reforço numa cidade cuja população, lembrou o autarca, aumenta diariamente de cerca de 500 mil pessoas para 1,5 milhões de pessoas com os movimentos pendulares e os turistas.
Moedas quer aumentar policias
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa referiu também a vídeo-proteção como outra das prioridades da cidade em matéria de segurança: “tudo o que for investir nas forças de segurança, eu invisto. Tudo o que for dar valor às forças de segurança, a autarquia está disponível. Podem contar com a nossa vontade, apoio e trabalho para resolver os problemas”, garantiu Carlos Moedas, apelando para um aumento dos salários dos policias, que considerou extremamente baixos.
O comandante do Comando Metropolitano de Lisboa, superintendente Luís Fernandes, referiu, por seu turno, que “a vigilância garante a segurança para todos”, sendo um “modelo de intervenção pró-ativo” que permite um combate mais eficaz à criminalidade “e dá mais segurança aos cidadãos”.
Luís Fernandes referiu ainda que a videovigilância permite combater, de uma forma mais célere, as novas ameaças que pendem sobre os Estados e os cidadãos. “Verifica-se ser necessário dotar estas zonas identificadas, como as mais vulneráveis, de sistema de videovigilância com capacidades preventivas, de rápido diagnóstico e de acompanhamento remoto, complementando desta forma o serviço prestado pela presença física das forças da autoridade”, explicou o superintendente Luís Fernandes.