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Bombeiros alemães aprendem a combater fogos florestais em Vila Real

Um grupo de 10 bombeiros alemães está em Vila Real para uma troca de experiências e aprender táticas de combate a incêndios florestais, uma nova realidade na Alemanha. Por sua vez, os alemães ensinam os portugueses sobre formas de atuar em fogos urbanos ou túneis.

Dez bombeiros alemães estão a aprender técnicas de combate a incêndios florestais e, cá em Portugal, dão instrução sobre combate a fogos urbanos, como atuar em carros elétricos ou em túneis e ações de desencarceramento. “É uma espécie de ‘Erasmus bombeiros’ que estamos a querer implementar e que, sem dúvida, é uma grande troca de experiências”, afirmou o comandante dos bombeiros da Cruz Branca, Orlando Matos, em Vila Real.

Bombeiros alemães aprendem a combater fogos florestais em Vila Real
DR

“O nosso contributo é, sobretudo, no combate aos incêndios rurais ou florestais que também começa a ser uma realidade na Alemanha”, salientou Orlando Matos. A ideia é reforçada por Louis Evert, bombeiro profissional e formador na Alemanha.

“Estamos a aprender como combater fogos florestais. Temos mais fogos e temos fogos cada vez maiores e temos que mudar as táticas. E isso é o que aprendemos aqui”, afirmou.

O objetivo do “Erasmus bombeiros” é mostrar a realidade, pelo que os alemães acompanharam os bombeiros nacionais em trabalhos de abertura de faixas de contenção e gestão de combustível na serra do Alvão. Participam ainda em ações de fogo tático para terem contacto com o “fogo real e o comportamento do fogo nos combustíveis”.

Mauro Gentz, bombeiro em Hamburgo, no Norte da Alemanha, onde vive, salienta “temos a necessidade de, cada vez mais, formar o nosso pessoal a nível de incêndios nas florestas e campos agrícolas”, explicando que, na Alemanha, os bombeiros são especialistas em incêndios urbanos e cheias.

Segundo disse, “o clima está a mudar” e as temperaturas, mais quentes, que se têm sentido na Alemanha, têm propiciado a ocorrência de mais fogos rurais, referindo ainda que, no ano passado, foi necessário recorrer “pela primeira vez” a aviões Canadair para o combate.

Por sua vez, Paula Andrade, formadora na área do combate aos incêndios florestais, explicou que a formação incidiu nos métodos e táticas utilizadas para o combate aos incêndios rurais em Portugal para que os colegas alemães os possam adaptar à sua realidade.

“Tive oportunidade de estar na Alemanha a observar o trabalho que fazem diariamente e percebi que fazem o combate a incêndio rural de aparelho respiratório e equipamento de proteção individual, que são equipamentos que nós usamos nos incêndios urbanos”, referiu.

O comandante Orlando Matos afirma que se pretende que o programa de intercâmbio se possa repetir, lembrando que a maior dificuldade dos bombeiros de Vila Real é ao nível dos equipamentos e dos veículos. Os alemães doaram à Cruz Branca equipamento de resgate com cordas, equipamentos de proteção individual e material de desencarceramento.

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