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Boom Festival investe 175 mil euros em bacia para reter e tratar águas residuais

O Boom Festival, em Idanha-a-Nova, investiu 175 mil euros na construção de uma bacia de retenção impermeabilizada, com o objetivo de armazenar toda a água proveniente dos chuveiros. Essa água será posteriormente tratada em três ilhas flutuantes, através de plantas macrófitas.

DR

A educação e as práticas sustentáveis são uma das principais características do Boom Festival, que foi distinguido, pela oitava vez consecutiva, com o “Greener Festival Award”, um prémio internacional que reconhece eventos exemplares da indústria em termos de sustentabilidade.

A organização escolheu o tema “Amor Radical” para a 14ª edição do evento, que ocorrerá de 20 a 27 de julho, na herdade da Granja, em Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco. E estará, mais uma vez, atenta aos problemas ambientais, adoptando uma série de medidas para reduzir o consumo de água.

“Estabelecemos um limite de horário para os chuveiros e equipamos os bebedouros com torneiras temporizadas e com recurso a redutores de fluxo. Dessa forma, conseguimos que cada participante consumisse, em média, 25 litros de água por dia, ao longo de oito dias”, explicou José Mateus, produtor executivo responsável pela área de meio ambiente e sustentabilidade do Boom Festival, à agência Lusa.

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A bacia de retenção também receberá arejadores e enzimas específicas para o tratamento de águas residuais. “A introdução desses componentes na bacia de retenção de água complementa o sistema de recuperação das águas residuais, que já conta com uma estação de tratamento de águas residuais para o tratamento das águas provenientes da área de produção (cantina e chuveiros), após a filtragem de gorduras”, acrescentou.
Dessa forma, fecha-se um ciclo que permite a reutilização de grande parte da água resultante do festival. “Após realizar análises rigorosas, pretendemos utilizar essa água para irrigação”, concluiu.

Artur Mendes, membro da organização, ressaltou que o investimento em sustentabilidade no Boom não é ocasional, “faz parte da nossa essência”. “Este ano, assim como no ano anterior, a gestão da água e dos resíduos estão a receber a nossa atenção e cuidado máximos. Reduzir o desperdício e diminuir o consumo de água são duas preocupações fundamentais, duas prioridades”, destacou.

Esse responsável salientou que a água é atualmente um problema estrutural do país, “na realidade, é um problema ibérico que precisa ser encarado com investimentos e muita seriedade”. “A nossa bacia de retenção, com capacidade para sete milhões de litros de água, é um exemplo de como reutilizar águas provenientes de chuveiros e, após o tratamento, destiná-la para irrigação ou como reserva anti-incêndio”, frisou.

Artur Mendes ainda ressaltou que esse investimento foi feito exclusivamente com recursos próprios e é único entre os festivais do país. “Não fazemos investimentos temporários. O que fazemos permanece”, concluiu.

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