O Governo deu início a uma consulta pública com vista à inclusão do Bordado de Castelo Branco no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. O anúncio foi feito esta segunda-feira, com a consulta a decorrer durante 30 dias, permitindo que qualquer interessado envie observações através de email ou correio registado.
Esta é mais uma etapa na preservação e valorização deste símbolo cultural de Portugal, reconhecido pelo seu valor histórico e artístico. Após o término da consulta, o Património Cultural terá um prazo de 120 dias para decidir sobre a inclusão do bordado no património imaterial. Esta decisão poderá reforçar ainda mais o estatuto do Bordado de Castelo Branco, que já conquistou o reconhecimento da UNESCO, sendo que a cidade foi nomeada em 2023 como Cidade Criativa na categoria de Artesanato e Artes Populares.
O Bordado de Castelo Branco, com as suas raízes profundamente enraizadas na tradição beirã, é um marco da identidade local. A sua primeira referência pública data de 1929, durante o IV Congresso Beirão, altura em que a professora Maria Júlia Antunes destacou o seu valor na obra “Rendas e Bordados das Beiras”. Desde então, este bordado tem sido associado à cidade de Castelo Branco, ganhando notoriedade nacional e internacional.
O processo de inventariação visa garantir a proteção e promoção deste património, contribuindo para a sua continuidade e preservação. O Bordado de Castelo Branco, caracterizado pelos seus desenhos únicos e técnicas específicas, é não só uma expressão artística, mas também uma peça fundamental do património cultural da região.