O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, apelou ontem à comunidade internacional para adotar “medidas imediatas” para pôr fim ao que classificou como uma “tragédia humana” em Gaza. Na sua declaração, o chefe da diplomacia europeia sublinhou a urgência de proteger os civis e garantir os direitos humanos, reiterando o pedido de um cessar-fogo imediato na região e a libertação de todos os reféns israelitas detidos pelo grupo Hamas
Borrell uniu-se ao apelo recente do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que alertou para a situação crítica em Gaza. Türk denunciou que o enclave vive “o seu momento mais negro” desde o início do atual conflito entre Israel e o Hamas, que começou a 7 de outubro de 2023.
As informações recebidas da zona norte de Gaza relatam “um nível catastrófico de destruição, fome e deslocação forçada de civis”, apontando que a população enfrenta um cerco severo e uma situação extrema de insegurança alimentar, forçada a optar entre o risco de morte ou a fuga. Para Borrell, a necessidade de um acesso “rápido e sem entraves” a ajuda humanitária para Gaza é agora uma prioridade, defendendo que esta assistência seja distribuída em larga escala para toda a região.
O chefe da diplomacia europeia também destacou a posição reiterada da União Europeia em favor do respeito pelo direito internacional, incluindo o direito humanitário e o direito dos direitos humanos. Afirmou ainda que a UE continua a sublinhar a necessidade de aplicar decisões do Tribunal Internacional de Justiça e as resoluções juridicamente vinculativas do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Josep Borrell garantiu que a sua missão será incessante até que a comunidade internacional atenda verdadeiramente aos apelos para transformar palavras em ações concretas, instando, por fim, os líderes globais a unir esforços na resposta a esta crise.