Pete Hegseth, nome escolhido por Donald Trump para ocupar o cargo de secretário da Defesa dos Estados Unidos, está no centro de uma controvérsia após revelações de um acordo financeiro para silenciar uma acusação de agressão sexual. Segundo informações avançadas pelo Washington Post, Hegseth terá pago uma quantia não divulgada a uma mulher para que retirasse a denúncia feita em 2017.
Os advogados de Hegseth, conhecido comentador da Fox News antes de entrar na política, negaram qualquer agressão sexual, alegando que a relação foi consensual. Justificaram o pagamento como uma tentativa de preservar a carreira do seu cliente, que poderia ter sido prejudicada pela denúncia.
De acordo com o departamento de polícia de Monterrey, o caso foi investigado em 2017, após alegados incidentes durante uma convenção de mulheres republicanas num hotel da Califórnia. No entanto, o processo foi arquivado, sem explicações públicas.
Em 2020, a mulher ameaçou retomar a queixa, o que resultou no acordo de confidencialidade agora revelado. Embora os advogados de Hegseth não tenham divulgado detalhes sobre a identidade da mulher ou a quantia paga, uma fonte próxima da suposta vítima enviou uma carta à equipa de transição de Trump, reiterando que Hegseth cometeu um ato de violência sexual.
Segundo esta testemunha, amiga próxima da vítima, o incidente ocorreu no quarto de hotel de Hegseth, durante a convenção, onde a mulher, então com 30 anos, foi alegadamente violada. A carta, à qual o Washington Post teve acesso, contém detalhes considerados “abundantes” sobre o episódio.
Por enquanto, Donald Trump mantém o seu apoio a Hegseth. “O presidente Trump está a nomear candidatos de alto nível e extremamente competentes. Hegseth negou todas as acusações e não foram apresentadas queixas formais”, declarou Steven Cheung, porta-voz da equipa de transição.
Apesar da gravidade das acusações, a nomeação de Hegseth continua em curso, gerando intensas críticas e renovadas questões sobre a conduta ética na administração Trump.
