Na sessão de abertura da 3.ª edição da Academia Socialista, realizada em Tomar, o presidente do Partido Socialista, Carlos César, lançou duras críticas ao governo de Luís Montenegro. César afirmou com veemência que o Partido Socialista, apesar de não estar no poder, representa uma alternativa claramente superior à governação atual.
“O PS já foi julgado pelos eleitores. Não ganhámos eleições, nem somos Governo. Mas não tenho dúvidas. Podemos ter a certeza de que seríamos e somos melhor governo do que o que temos agora em funções”, declarou Carlos César, sublinhando a confiança na capacidade do PS de governar melhor do que o atual executivo.
Durante o seu discurso, o líder socialista destacou o que considera ser uma “má governação” por parte de Luís Montenegro, acusando-o de desvalorizar o passado e de não possuir uma visão clara para o futuro do país. César criticou ainda a falta de pluralidade na tomada de decisões por parte do governo, acusando-o de afastar deliberadamente opiniões divergentes e de implementar medidas copiadas, que, segundo o socialista, não representam verdadeiramente o melhor para o país.
Carlos César aproveitou também para reiterar que o Partido Socialista não está com pressa de derrubar o governo, mas sim de demonstrar que pode fazer melhor. Lembrou que o PS não esquece as suas ambições, tanto a nível nacional como internacional, e sublinhou a necessidade de Portugal reafirmar as suas posições face aos desafios globais, como os conflitos em Gaza e na Ucrânia.
A Academia Socialista, que decorre até sábado, contará com a participação de outros destacados dirigentes do PS, incluindo o antigo primeiro-ministro António Costa, que está prestes a assumir a presidência do Conselho Europeu. O evento marcará a rentrée política dos socialistas, culminando com o discurso do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, que deverá reforçar a linha de críticas ao governo de Luís Montenegro e apresentar as propostas do PS para o futuro do país.