Prestação de Contas 2024 revela mandato falhado e contas em colapso
A conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, 21 de abril de 2025, foi marcada por uma análise demolidora à prestação de contas do ano 2024 da Câmara Municipal de Castelo Branco. Em final de mandato, o balanço político e financeiro é claro: Leopoldo Rodrigues falhou de forma gritante as suas promessas eleitorais.
Promessas por cumprir e obras fantasma
Os números e factos expostos nesta análise são contundentes. Apesar do volume de promessas anunciadas no início do mandato, nada de estruturante foi executado. A lista de compromissos não honrados é extensa:
A intervenção prometida na Zona Histórica não avançou.
As centenas de casas a reabilitar ficaram por reabilitar.
A barragem do Barbaído não saiu do papel.
A Ecopista entre Alcains, Cebolais e Retaxo continua inexistente.
A requalificação e construção de uma Residência de Estudantes está por começar.
As instalações para o Tribunal Central Administrativo nunca foram sequer iniciadas.
A governação de Leopoldo Rodrigues revela-se assim como um mandato vazio, marcado por uma propaganda insistente que contrasta de forma chocante com a realidade vivida pelos albicastrenses.
Execução orçamental revela paralisia total
A execução do Plano de Investimentos para 2024 apresenta números que confirmam a estagnação:
Ciclovias – Execução: 0,00€
Reabilitação das Piscinas do Castelo – Execução: 0,00€
Unidade de Saúde Familiar – Execução: 0,00€
Escola de Chefs – Execução: 0,00€
Projetos amplamente divulgados e prometidos publicamente nunca tiveram início. A situação repete-se nas freguesias do concelho, onde a taxa de execução orçamental foi de apenas 32%, evidenciando o abandono a que estas têm sido votadas.
Contas negativas e colapso financeiro
O exercício de 2024 encerrou com um resultado líquido negativo de -1.411.735,01€. Trata-se do terceiro ano consecutivo com resultados negativos por parte deste executivo. No total, entre 2022 e 2024, os prejuízos acumulados da autarquia ascendem a -13.308.319,15€.
Para além disso, as contas bancárias do Município registaram uma redução de 7,5 milhões de euros face a 2021. Só em 2024, a descida foi de -5,85 milhões de euros. Estes valores demonstram um crescente desequilíbrio financeiro, agravado pela incapacidade de captação de fundos comunitários, situação em que Castelo Branco se destacou negativamente ao longo do mandato.
Conclusão: Um mandato desolador e a urgência da mudança
Durante décadas, Castelo Branco foi reconhecido pela sua capacidade de execução e pelo aproveitamento eficaz dos fundos comunitários. Hoje, esse caminho parece ter sido abandonado. O atual executivo falhou na concretização de promessas, afastou-se dos apoios europeus e deixou degradar as finanças do município.
A realidade que se impõe é clara e incontornável: o mandato de Leopoldo Rodrigues foi marcado pela inação, pela quebra da confiança e pelo retrocesso do concelho.
A mudança é necessária. A mudança é urgente.