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Castelo Branco, o Festival da Vergonha: Uma Crónica do Descalabro Municipal

Quando julgávamos que a mediocridade política tinha atingido o seu zénite, eis que Leopoldo Rodrigues, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, nos brinda com um espetáculo de incompetência que transcende o imaginável. A Feira dos Sabores de Tradição, prevista para os dias 6, 7 e 8 de setembro, promete ser o evento mais desastroso que esta cidade já testemunhou — uma verdadeira aula prática de como não se organiza um festival.

Rodrigues, que parece acreditar ter nascido para organizar eventos, decidiu transformar uma oportunidade de celebração da cultura local num verdadeiro circo de horrores. A sua equipa, um conjunto de assessores cuja capacidade de gestão parece inversamente proporcional ao seu entusiasmo, decidiu colocar o palco de Mariza, uma das maiores artistas portuguesas, de costas para a cidade e de frente para… uma tenda colossal. Sim, leu bem. Em vez de integrar o evento na paisagem urbana e aproveitarem o anfiteatro natural da relva, optaram por uma configuração que desafia a lógica e o bom senso. Castelo Branco, que poderia brilhar no mapa cultural nacional, prepara-se para ser ridicularizada como a capital da incongruência.

É estarrecedor pensar que alguém achou sensato limitar o espaço para o público a uma “ilha” que mal serve para um arraial de verão numa aldeia esquecida. Será que os organizadores ignoram que Mariza atrai multidões? Ou será que, no fundo, têm uma visão tão míope da cidade e dos seus habitantes que não acreditam no potencial do evento? Pior ainda, será que não têm a mínima noção de como atrair visitantes e estimular a economia local, que bem precisa de um impulso?

A crua realidade é que a Câmara Municipal de Castelo Branco, mais uma vez, demonstrou uma absoluta e desoladora falta de competência. A comunicação é praticamente inexistente, a organização é um desastre, e quanto à liderança do presidente… esse é um conceito que parece fugir-lhe por completo. O mais trágico é que centenas de milhares de euros dos contribuintes estão prestes a ser desperdiçados num evento que poderia, e deveria, ser um sucesso estrondoso.

E surge a pergunta que todos fazem: porque não pedir ajuda a quem sabe? As associações locais, que há anos organizam eventos com muito menos recursos e incomparavelmente mais sucesso, certamente fariam melhor do que esta tragicomédia encenada pela Câmara. Mas isso exigiria uma coisa que Leopoldo Rodrigues e a sua equipa claramente não possuem: humildade.

Humildade para reconhecer que não sabem tudo, que não têm todas as respostas, e que, talvez, seja hora de parar de esbanjar o dinheiro público e começar a ouvir quem realmente entende do assunto. Porque a paciência dos albicastrenses, essa, já se esgotou há muito.

Leopoldo Rodrigues, um presidente que nunca deveria ter sido eleito, é o exemplo vivo de como a incompetência pode arrastar uma cidade inteira para o abismo. Cada decisão sua, ou a falta dela, é mais uma prova de que liderar não é o seu forte. O seu mandato, longe de ser uma comédia, é uma tragédia para os albicastrenses que pagam a conta de um presidente perdido e sem visão.

Castelo Branco, uma cidade que merecia alguém à altura dos desafios, vê-se à mercê de um homem cuja incapacidade só é superada pela sua falta de visão. Enquanto ele se afunda na política local, são os cidadãos que se afundam com ele. É mais do que tempo de reconhecer que esta presidência não só falhou, como nunca deveria ter começado.

O verdadeiro culpado dese desastre é o padrinho político, o comendador Joaquim Morão. Foi ele quem vestiu Leopoldo Rodrigues num fato que lhe está claramente grande demais. Morão, outrora uma figura de peso, cometeu o erro imperdoável de apadrinhar alguém claramente despreparado para o cargo.

Rodrigues, completamente à deriva numa posição para a qual nunca esteve preparado, é apenas uma triste marioneta de uma escolha política desastrosa. Em vez de um líder capaz, Castelo Branco ficou com um presidente perdido, que não sabe como lidar com as responsabilidades que lhe foram entregues. A cidade, outrora orgulhosa, agora paga o preço de uma sucessão política que foi mais um tiro no pé do que uma decisão acertada.

No final, o que deveria ser um festival de tradição e orgulho, transforma-se num triste espelho da falta de visão, competência e respeito da autarquia para com os cidadãos de Castelo Branco. Um desastre completo que poderia ter sido evitado com uma liderança à altura. Mas, infelizmente, isso parece ser pedir demasiado ao atual executivo municipal.

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Fernando Jesus Pires
Fernando Jesus Pireshttps://oregioes.pt/fotojornalista-fernando-pires-jesus/
Jornalista há 35 anos, trabalhou como enviado especial em Macau, República Popular da China, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul e Paralelo 38, Espanha, Andorra, França, Marrocos, Argélia, Sahara e Mauritânia.

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