Um reformado católico de 75 anos, oriundo da aldeia de Donas, Fundão, foi esta quarta-feira impedido de visitar a Igreja do Santo Sepulcro, na cidade de Jerusalém. O idoso tem também ordem de seguir caminho pela Via Sacra, em condições desumanas, impostas pelas autoridades que controlam a cidade. Ao que O Regiões não apurou, o cidadão português foi considerado uma pessoa malquista na cidade e no resto do país.
Segundo fontes familiares não contactadas, o reformado terá formação em engenharia e, depois de passagens profissionais por várias empresas e institutos, terá emigrado em Junho de 2005, para poder complementar a pensão da Caixa para ajudar os filhos. Fervoroso católico desde cedo participou, como estudante, na Juventude Universitária Católica e no Grupo da Luz.
De nome António G., envolveu-se, nas últimas semanas, na contestação às guerras por todo o mundo, seguindo as palavras do Papa Francisco. O homem tem uma página na Internet onde vai escrevendo as suas opiniões, como a oposições ao terrorismo, ao terrorismo de Estado, às guerras; e apoiando sempre os menos favorecidos e os mais pobres, ou deslocados. Viúvo, terá contraído matrimónio pela segunda vez, ao abrigo da lei canónica.
As autoridades que agora o impedem de visitar os locais sagrados da sua professa religião acusam-no de denegrir o país, através de comentários e omissões na sua página de Internet. Segundo fontes da “Maçada”, os serviços secretos do Estado que lhe impedem o acesso aos sagrados lugares, António não terá sido lesto o suficiente a clamar simplesmente que “São todos maus. Menos os bons.”
Agastado, e já há alguns anos a viver na América, O Regiões sabe que alguém sabe mais ou menos que, na próxima Confissão, o reformado terá de pedir perdão por algumas palavras em português vernacular que lhe vieram à cabeça e, pior: a vontade de pegar num pau e ir-se a eles – apesar da sua sempre dialogante atitude.
As autoridades portuguesas estão neste momento a preparar o resgate do ancião lusitano. Ontem, o ministro da Defesa, Nuno Melo, propôs que António fosse posto em sossego, em regime de protecção de testemunhas, “numa casa branca e amarela que há ali em Olivença”. Já o ministro dos Estrangeiros, Paulo Rangel, insistia numa ofensiva diplomática contra o Luxemburgo, para distrair toda a gente, e nisto um helicóptero Kamov nacional extraía, sem se notar, o beirão do seu exílio.
No entanto, numa manobra de antecipação, o Almirante Seringa vestiu os calções de banho estampados com a Penélope espanhola e vai já a nadar para a América, tendo sido confundido com um golfinho, esta manhã, ao largo do Faial.
(Em actualização)