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Cavaco Silva ataca António Costa: “um primeiro-ministro que perdeu a autoridade”

Aníbal Cavaco Silva regressou este sábado à arena político-partidária para atacar o Governo de António Costa. No discurso que encerrou o 3.º Encontro Nacional dos Autarcas Social-Democratas, o antigo presidente da República arrasou a governação socialista, que avaliou como estando “à deriva” em matéria de políticas sociais, económicas e fiscais. Dirigiu mesmo uma das passagens mais duras ao primeiro-ministro, a quem diagnosticou uma perda de autoridade.

Cavaco Silva ataca António Costa: "um primeiro-ministro que perdeu a autoridade"
Foto: Lusa

“Este Governo mente” e o PS governa o país “aos solavancos”. Estas foram duas avaliações que Cavaco Silva fez da governação socialista.

“O doutor Luís Montenegro tem identificado bem o adversário político do PSD. É o PS e o seu Governo. Foi o PS e o seu Governo que colocaram o país na trajetória de empobrecimento e de profunda degradação da situação política nacional”, vincou.

“É no Governo socialista que o PSD deve centrar a sua atenção. Não deve dispersar energia com outros partidos, nem responder às provocações que deles possam vir, assim como de alguns analistas políticos. O PSD é inequivocamente a única alternativa política ao poder socialista”, prosseguiu o antigo chefe de Estado.

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“A situação de salários baixos e de pensões de reforma que não permitem uma vida digna, o empobrecimento da classe média, a má qualidade dos serviços públicos, como a educação, a saúde e a justiça, são o resultado das políticas erradas do Governo, da sua desarticulação e desnorte, da falta de rumo e da falta de visão estratégica”, disse Cavaco.

E centrou o ataque em António Costa: “um primeiro-ministro que perdeu a autoridade e não desempenha as competências que a Constituição lhe atribui: dirigir o funcionamento do Governo e a política geral do Executivo e coordenar e orientar todos os ministros. São competências que os analistas políticos parecem ter esquecido”.

O PSD e a liderança de Montenegro, sustentou Cavaco, “têm vindo e bem a denunciar os erros, os abusos de poder, as omissões, as mentiras e a violação de ética política por parte do Governo e a sua falta de sentido de Estado. Ao mesmo, o PSD tem vindo a apresentar alternativas à política do Governo e a defender causas que permitem inverter o declínio económico e social em que o país se encontra e melhorar as condições de vida dos portugueses”.

Na abertura do discurso, Cavaco declarou-se desde logo “seriamente preocupado com as consequências para o país da governação do Partido Socialista, muito especialmente para o futuro dos mais jovens”.

“PSD não deve ir a reboque de moções de censura de outros partidos”

Numa mensagem para a liderança social-democrata, o antigo primeiro-ministro e antigo presidente da República disse que “o programa eleitoral do PSD só deve ser apresentado na proximidade do ato eleitoral, como é normal, de modo a ter em devida conta os desenvolvimentos recentes na cena nacional e internacional”.

“Creio, aliás, que o PSD não deve ir a reboque de moções de censura de outros partidos, mais preocupados em ser notícia na comunicação social. É certo que a governação socialista tem sido desastrosa. Mas importa ter presente que o atual só há poucos dias completou um ano em efetividade de funções e goza de apoio maioritário na Assembleia da República. Essas moções de censura servem os interesses do Governo socialista, desviam atenções dos casos reprováveis”, advogou na sua intervenção, a espaços muito aplaudida pelos autarcas e demais dirigentes reunidos em Lisboa.

No PS, reagiu João Azevedo, secretário Nacional Adjunto. “Foi um discurso de raiva e de ódio. Não se percebe bem o porquê deste ataque tão violento. Acaba por ser uma muleta ao atual líder do PSD, que não se consegue afirmar aos portugueses”, disse João Azevedo.

 

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