Portugal tem sido alvo de ataques indiscriminados por “drones” altamente avançados, armas biológicas de último calibre, a que se dá o nome de código de Cegonha. O último caso deu-se em Peso da Régua. É preciso travar o ataque.
A investigação de acidentes e incidentes em Portugal está entregue a uma mão cheia de técnicos, dedicados e competentes, enfiados no – e vai por extenso -, Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários. Há uns anos o director deste gabinete berrava aos microfones da rádio TSF que, afinal, havia mais palavras no nome da coisa do que pessoas: “Somos dois! Dois! Para todos os acidentes aeronáuticos e de ferrovia. Dois. A tutela não resolve isto”, gritava a plenos pulmões o então líder de coisa nenhuma, por causa de um incidente com um comboio.
Fomos ver se havia novidades, e há – a legislação nomeou mais uma pessoa para chefe e tem ideia de criar duas equipas, uma para os do ar, outra para os pouca-terra. Só que não se percebe, na lei e na orgânica, se já lá estão, se não.
Dia 30 de Agosto caiu de chapa no Douro um helicóptero de combate aos fogos. Um aparelho de grande durabilidade, cujo modelo teve o seu voo inaugural em 1974 e que demonstrou ser de elevada segurança e versátil. Uma espécie de Toyota para todo o serviço. Há milhares por todo o mundo. Ao ler-se o relatório do referido gabinete soa-nos logo a pressa e ao ver-se-te-avias habitual. Diz que o piloto ia batendo numa ave e teve de se desviar e voltou à rota habitual.
O que ainda não se sabe, mas a gente imagina, é que o passaganho foi, de novo, uma cegonha, completamente pedrada, a viver naqueles T0 que a EDP criou em cima das torres de alta tensão. Lamenta-se a perda de cinco pessoas, dedicadas a salvar a vida de outros. O piloto, que por bem se safou, ainda não explicou nada que faça sentido, mas levanta a grande questão do ataque das cegonhas.
Recuemos 24 anos. A nove de Maio de 2000, exactamente às dez da noite, estava eu e o meu querido amigo Manuel Falé, que me remodelava a casa que tinha comprado, em frente ao novo quadro de electricidade acabadinho de instalar. Entusiasmados, olhámos de novo para a maquineta e o Falé deu ao botão… Mas nada. E outra e outra e outra vez. Eu a ficar irritado, ele desesperado. Então nada funciona? Estará mal ligado?
Só que, de repente, mirámos as janelas. E a escuridão tinha-se abatido por toda a Lisboa que dali víamos. “Talvez não seja do quadro”, sugeriu, bem, um de nós. Pois não foi. Foi outra vez a arma assassina da Cegonha. O apagão, do Tejo até Marrocos, disse a EDP-Departamento de armas, deveu-se a uma cegonha que tinha batido com a tola nos cabos de alta tensão. Quem disto se lembra, sabe que foi risota geral no País. “Ora, agora, uma cegonha…”. Para tornar a coisa mais oficial, o jornal Público, dois dias depois, trazia na primeira página uma foto de uma cegonha morta, no meio da estrada, ao pé de um poste de electricidade. Claro que ninguém engoliu a explicação.
Mas hoje… Hoje começo a pensar se Portugal não estará sob ataque dessas aves raras. É que o drone da marinha, amarou mal o tentaram lançar. Os navios do Almirante Seringa não nadam. Mas o projecto secreto “Cegonha PT-4 NATO-3”, anda aí.
Anda, anda. Estou só a dizer…