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China Prolonga Manobras Militares em Torno de Taiwan e Aumenta Tensão Internacional

As Forças Armadas da China anunciaram a continuação dos exercícios militares no centro e sul do Estreito de Taiwan, intensificando a pressão sobre a ilha autónoma. A nova fase das manobras militares ocorre um dia após grandes movimentações militares, sendo vista como um teste das capacidades operacionais do Exército de Libertação Popular da China

Escalada Militar no Estreito de Taiwan

Os exercícios militares, denominados “Straits Thunder-2025A”, focam-se em operações estratégicas como identificação e verificação de alvos, bloqueios e ataques de precisão. Segundo o porta-voz do Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular, coronel Shi Yi, as manobras têm o objetivo de aprimorar a prontidão das tropas chinesas para um possível confronto.

Na última terça-feira, a China mobilizou 71 aviões, 21 navios de guerra e quatro embarcações da Guarda Costeira ao redor de Taiwan. Essa movimentação segue o padrão estabelecido pelos exercícios militares anteriores, realizados em maio e outubro de 2024, e representa um aumento significativo na demonstração de força chinesa na região.

Resposta de Taiwan e Crescente Tensão Política

O presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, elevou o tom contra Pequim e anunciou um conjunto de 17 medidas para reforçar a segurança nacional. Dentre elas, destaca-se a reativação dos tribunais militares e um controle mais rigoroso sobre as visitas de cidadãos chineses à ilha. Em um discurso contundente, Lai classificou a China como uma “força externa hostil”, o que foi interpretado como um afastamento das políticas mais moderadas de seus antecessores.

Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949 e opera um sistema político, económico e social independente da China. No entanto, Pequim considera a ilha uma “parte inalienável” do seu território e tem intensificado a pressão nos últimos anos, utilizando exercícios militares como forma de coerção.

Reações Internacionais: EUA e UE Condenam as Ações Chinesas

A escalada militar chinesa gerou reações imediatas da comunidade internacional. Os Estados Unidos condenaram as manobras e reforçaram seu compromisso com a estabilidade da região. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump está “determinado a manter a paz no Estreito de Taiwan” e reiterou que Washington se opõe a qualquer tentativa unilateral de alterar o status quo por meio da força ou coerção.

Paralelamente, a União Europeia também se manifestou, alertando para os riscos de uma escalada de tensões no Indo-Pacífico. Em comunicado oficial, um porta-voz do Serviço de Ação Externa da UE destacou que a “paz e estabilidade de Taiwan são importantes para a segurança regional e global” e reforçou a importância da manutenção do atual status quo.

China Reforça Discurso e Mantém Pressão sobre Taiwan

As autoridades chinesas justificam os exercícios militares como uma resposta necessária às “forças separatistas” de Taiwan. O governo de Pequim enxerga as recentes declarações de William Lai como uma provocação direta e reafirma sua disposição em usar todos os meios necessários para garantir a reunificação da ilha com o continente.

Desde que assumiu o poder em 2012, o presidente chinês Xi Jinping tem reiterado a necessidade da reunificação com Taiwan, incluindo o uso da força se necessário. As tensões entre as duas partes permanecem elevadas, e os recentes eventos sinalizam uma escalada que pode ter implicações de longo alcance para a estabilidade da região e para as relações internacionais.

Uma Região à Beira de um Conflito?

Com as manobras militares chinesas sendo prolongadas e o aumento das declarações hostis entre as lideranças de Pequim e Taipei, o Estreito de Taiwan segue como um dos principais focos de tensão geopolítica global. A resposta dos EUA e da UE sugere que a comunidade internacional seguirá atenta a cada movimentação na região, buscando evitar um conflito de proporções imprevisíveis.

A continuidade dessas tensões pode redefinir a dinâmica de poder no Indo-Pacífico, colocando Taiwan no centro de uma disputa entre grandes potências globais e acirrando ainda mais o já delicado equilíbrio diplomático entre China, Estados Unidos e seus aliados.

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