Christina Hammock Koch, Jeremy Hanson, Victor Glover e Reid Wiseman são os quatro astronautas que formam a tripulação da Artemis II, a missão espacial que levará a tripulação para uma viagem à volta da Lua em novembro de 2024. O anúncio ficou marcado também pela parceria entre os Estados Unidos e o Canadá, sendo que um dos astronautas pertence à Agência Espacial Canadiana, o que demonstra o empenho da agência nas parcerias internacionais através do programa Artemis.
A bordo da nave Orion da NASA, a missão Artemis II é o primeiro teste de voo tripulado que marca o regresso da humanidade à Lua, desde 1972, desta vez a pensar numa presença a longo prazo.
A NASA quer levar astronautas para a superfície lunar na Artemis III, que deverá acontecer no final de 2025. Depois de cumprir as três primeiras fases, a agência especial norte-americana tenciona avançar com mais missões, que incluem o desenvolvimento da estação espacial Gateway, começando com a Artemis IV, em 2027, onde a SpaceX terá um papel de relevo.
Desde que aceitou o desafio de acelerar os planos em mais de quatro anos e estabelecer uma exploração sustentável até o final da década, a NASA ganhou impulso para enviar novamente humanos à Lua.
O administrador da NASA Jim Bridenstine elogia este esforço: “Com o apoio bipartidário do Congresso, este nosso impulso neste século XXI, até à Lua está novamente ao alcance da América”.
“Conforme solidificamos os nossos planos de exploração nos últimos meses, continuamos a apurar os nossos orçamentos e arquitetura. Estamos de volta à Lua em busca de descobertas científicas, benefícios económicos e inspiração para uma nova geração de exploradores. À medida que construímos uma presença sustentável, também vamos criando impulso para realizar os primeiros passos humanos no Planeta Vermelho”, acrescentou.
Um discurso que surge num período em que a NASA apresenta a evolução da missão Artemis, até agora, e identifica as principais missões científicas, tecnológicas e humanas, bem como as parcerias comerciais e internacionais que vão garantir, de acordo com a agência, a liderança na exploração e alcançar a ambiciosa meta de pousar astronautas na Lua.
Com o avançar do tempo, o cronograma da missão mostra agora que o lançamento da missão Artemis II está em pleno andamento, sem atrasos e em velocidade cruzeiro
A missão Artemis II é o primeiro teste de voo da tripulação no caminho para estabelecer uma presença científica e humana a longo prazo na superfície lunar, depois do bem sucedido teste de voo Artemis I, que lançou a cápsula espacial numa viagem solitária de 2,25 milhões de quilómetros até à Lua e em redor dela.
A missão não tripulada serviu para testar sistemas antes dos voos com astronautas.
Nesta próxima missão Artemis, o sistema de lançamento vai voltar a incidir no poderoso novo foguete da agência, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS), onde encaixará a cápsula espacial Orion.
O lançador ainda em fase de montagem, e sem a cápsula, vai passar ainda por uma série final de testes que culminarão num teste crítico de fogo quente, no próximo outono.
A ser bem-sucedido, o estágio principal será enviado para o Kennedy Space Center da agência, na Florida, para integração da Orion. A NASA espera lançar o SLS e a Orion na missão Artemis II, com tripulação, até ao final de 2023.
A NASA diz estar a fazer tudo para que, em 2024, a missão Artemis III seja uma realidade, com o retorno da humanidade à superfície da Lua – pousando os primeiros astronautas no Pólo Sul lunar.
Após o lançamento no SLS, os astronautas vão viajar cerca de 386 mil quilómetros, até à órbita lunar, a bordo do Orion. Posteriormente, embarcarão num dos novos módulos lunares comerciais, que estão a ser desenvolvidos por parcerias privadas.
Se tudo correr como previsto, a Lua voltará a ter a presença de dois seres humanos, uma mulher e um homem, após uma ausência que dura já há 53 anos.