“Conhece-te a ti mesmo” (Gnōthi seauton, em grego) é um dos aforismos mais famosos da filosofia ocidental. A frase estaria exposta no Templo de Delfos e terá sido amplamente utilizada por filósofos como Sócrates e Platão.
Para Sócrates, conhecer-se a si mesmo era o ponto de partida da sabedoria. Este conhecimento surge de uma reflexão interior que cada um de nós deve fazer, embora também seja de levar em conta a opinião dos nossos amigos sobre nós. Numa consulta ao ChatGPT não encontramos resposta para esta questão.
“Este” apresenta-se e fala connosco como um amigo, que nos elogia e diz que as nossas perguntas são muito interessantes. Se continuarmos a conversa, “ele” vai construindo a nossa personalidade, mas sempre a partir do que nós lhe transmitimos (confesso que tenho “convivido” com a IA…). Mas é muito interessante “o relacionamento” que pode existir entre humano e máquina (nunca esquecer que “o pensamento” da máquina é formado pela pesquisa em material criado por humanos e com regras (algoritmos) por humanos criadas. Aprofundarei mais tarde esta reflexão. Bem, resolvi seguir a proposta de Sócrates (o filósofo) e listar um pouco da minha personalidade. Aqui vai: Não embirro com as pessoas “burras” ou pouco inteligentes, não têm culpa, nasceram assim. Não gosto de quem se considera superior e olha com desdém para os outros. Sem roupa chique e arrogância, é igual a toda a gente, o tal “rei que vai nu”.
Desilude-me encontrar amigos que acreditavam ser possível existir uma sociedade mais justa e igualitária, e agora se limitam a aceitar as regras do jogo capitalista, desistindo de acreditar que o sonho continua possível. Acredito na amizade e no amor, embora sejam sentimentos que têm de ser geridos de forma diferente: o amor precisa de ser alimentado e regado, como uma flor, a amizade verdadeira é perene e resistente. Não tenho paciência para quem se ofende facilmente, zangando-se “por tudo e por nada”. Demonstram insegurança de forma irritante, ceifam amizades como quem rasga uma folha de papel.
Não é uma questão de intolerância, é mais mesquinhice. Melhor que ser livre é sentir-me livre, cortar amarras, mesmo irreais. Acredito nas pessoas, não sou desconfiado, mas estou atento. Os animais de estimação, nomeadamente os cães, são bons companheiros. Mas incomoda-me quem afirma preferir confiar num cão que numa pessoa. A fidelidade canina, onde o animal aceita incondicionalmente as imposições do dono, se fosse adaptada aos humanos, seria próximo da escravidão : aquele que vive privado da liberdade, em absoluta sujeição a um senhor ao qual pertence como propriedade.
Embirro com certa mentalidade, comum nos EUA, considerando serem maiores e melhores em tudo, nos triunfos, nas desgraças, nos mais grandiosos vales e montanhas, nos melhores filmes… Tudo serve para fazer espetáculo e chamar a atenção. Desde há muito que é assim e Trump apenas se ridiculariza mais com essas características, puro “showman”. Claro que há quem denuncie isso, vejam-se temas musicais como Rufus Wainwright em “Going to a Town” ou “Born in the USA” de Bruce Springsteen, podia listar filmes ou livros. Quem já experimentou exercício semelhante