Cotrim Figueiredo afirma que Montenegro e Pedro Nuno Santos estão impreparados para enfrentar os desafios do país e insiste que a AD precisa da Iniciativa Liberal
João Cotrim Figueiredo, ex-líder da Iniciativa Liberal (IL) e atual eurodeputado, acusou Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos de não estarem preparados para enfrentar os desafios estruturais que Portugal tem pela frente. Durante uma sessão no Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, onde a IL apresentou as suas propostas para as legislativas, Cotrim Figueiredo defendeu que o futuro do país exige mais do que a alternância entre PS e PSD. Para o ex-dirigente liberal, a solução passa por uma aliança entre a Aliança Democrática (AD) e a Iniciativa Liberal.
No seu discurso, Cotrim Figueiredo criticou fortemente o Estado português, acusando-o de estar a violar dois pilares fundamentais do contrato entre os cidadãos e o poder público: o contrato social e o contrato intergeracional. “Cada cidadão é um contratante. Aceita ceder parte dos seus direitos e liberdades, confiando que o Estado defenderá a vida, a propriedade e prestará serviços públicos com qualidade. Ora, neste momento, o Estado está a falhar esse compromisso”, afirmou.
O ex-líder da IL acrescentou que, para além do contrato social, há um dever entre gerações que também está a ser ignorado. “Foi estabelecido no século passado um contrato intergeracional que impõe a responsabilidade de deixar às gerações futuras um planeta habitável, finanças públicas sólidas e um sistema de Segurança Social sustentável. Nada disto está garantido hoje”, acusou.
Cotrim Figueiredo apontou o dedo à elevada carga fiscal, ao colapso dos serviços públicos e à insustentabilidade do sistema de Segurança Social como provas do incumprimento destes contratos. “Estamos a pagar impostos máximos para receber serviços mínimos. E, perante isto, o debate político continua raso e sem visão de futuro”, criticou.
Num comentário ao debate televisivo entre Luís Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS), Cotrim Figueiredo classificou-o como “uma coisa deprimente”, sugerindo que ambos os líderes têm alguma preparação para gerir o quotidiano, mas não demonstram capacidade para enfrentar os verdadeiros desafios de médio e longo prazo. “Portugal precisa de liderança com ambição e clareza. Estes senhores não servem para isso”, declarou.
Concluiu afirmando que a Iniciativa Liberal é essencial para garantir o futuro do país. “A AD precisa da IL. Portugal precisa de crescimento económico sustentado, e só com as ideias e propostas liberais isso será possível. Votar IL no dia 18 é exigir que o Estado cumpra a sua parte do contrato com os cidadãos. Nós fazemos a nossa parte, agora exigimos que o Estado faça a sua”, concluiu, arrancando aplausos dos presentes.
Estes chicos-espertos da IL não enganam ninguém. Mostraram bem a cara quando decidiram apoiar o Milei e a sua politica de destruir tudo o que é público. Já para nem falar do seu hábito de insultar os jornalistas e de ter chegado ao extremo de ter chamado o Papa Francisco de imbecil e de representante do Diabo na Terra. Mas num exercicio pleno de hipocrisia, assim que ele morreu mudou logo o disco, passando a elogiá-lo. O programa da Iniciativa Liberal é basicamente apenas uma roupagem de má qualidade para esconder o seu único objectivo que é o de colocar os ricos a pagarem impostos minimos.