Namasté! Nesta semana continuo a desenvolver um tema bastante aprofundado e muito interessante sobre ensinamentos antigos, mistérios históricos, uma verdadeira enciclopédia dos Enigmas… dividido em 12 crónicas, hoje é a segunda crónica! Lançadas semanalmente todos os domingos. Estes enigmas Secretos emergem como um farol nesse mar de inquietação. Esta série de crónicas semanais propõe um resgate e uma reinterpretação de saberes antigos, místicos e iniciáticos que sobreviveram às eras por meio de símbolos, mitos e tradições esotéricas. Baseados na obra monumental de Manly P. Hall, estes são os ENSINAMENTOS SECRETOS E ETERNOS!
Thoth Hermes: O Escriba dos Deuses e o Guardião do Verbo
“A sabedoria não é dada. É evocada. E aquele que invoca com sinceridade, jamais fica sem resposta.”
Muito antes de Moisés escrever as tábuas da Lei, ou de Platão codificar ideias, já havia um nome sussurrado entre os iniciados, ecoando nos salões de pedra das pirâmides e nas escolas de mistério do Antigo Egito: Thoth, também conhecido como Hermes Trismegisto, o “Três Vezes Grande”.

Thoth é mais do que um mito. É um arquétipo, um símbolo do princípio do conhecimento divino que se manifesta na forma, no verbo, no número e no som. Para os egípcios, era o Deus da escrita, da sabedoria, da magia e do tempo. Para os gregos, tornou-se Hermes, o mensageiro entre mundos. Para os hermetistas, é o mestre dos mestres, que velou e revelou os mistérios do universo.
Thoth não inventou a sabedoria — ele a traduziu em símbolos, palavras e rituais, para que o sagrado se tornasse acessível àqueles com olhos para ver e ouvidos para ouvir.
O Verbo como Ponte Entre Mundos
Na tradição hermética, o Verbo (Logos) é a manifestação criadora por excelência. A palavra não é apenas som: é vibração que estrutura, é forma que se projeta da mente para a matéria.
Thoth ensinava que tudo o que é criado começa como pensamento e, ao ser expresso, ganha corpo. Falar é criar. Escrever é eternizar. Ler é invocar.
As Sete Leis Herméticas — O Código Invisível da Criação
Hermes não deixou mandamentos. Deixou leis universais. Sete princípios eternos que regem toda a existência — desde os átomos às galáxias, da alma humana ao ciclo das estrelas.
Estas são as Sete Leis Herméticas, reveladas aos iniciados para que compreendessem a dança entre espírito e matéria:
O Princípio do Mentalismo
“O Todo é Mente; o Universo é mental.”
Tudo o que existe teve origem numa ideia. O universo é uma manifestação do pensamento divino. Assim também somos nós: pensamentos manifestados do Todo.
O Princípio da Correspondência
“O que está em cima é como o que está em baixo.”
O microcosmo e o macrocosmo refletem-se mutuamente. Conhece-te a ti mesmo, e conhecerás os deuses e o universo.
O Princípio da Vibração
“Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.”
Desde a mais densa rocha ao mais sutil pensamento, tudo está em constante movimento. A mudança da vibração é a chave da transmutação.
O Princípio da Polaridade
“Tudo é duplo; tudo tem dois polos; tudo tem o seu oposto.”
Luz e sombra, amor e medo, quente e frio — são apenas extremos da mesma essência. A sabedoria está em equilibrar, e não em negar.
O Princípio do Ritmo
“Tudo flui para fora e para dentro; tudo tem suas marés.”
O universo pulsa. Tudo tem altos e baixos, idas e voltas. O sábio aprende a deixar-se levar pela maré e não a lutar contra ela.
O Princípio de Causa e Efeito
“Toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa.”
Nada acontece por acaso. Somos autores e consequências. O destino é a expressão invisível de escolhas visíveis.
O Princípio de Gênero
“O Gênero está em tudo; tudo tem seus princípios masculino e feminino.”
O masculino impulsiona, o feminino gera. Ambas as energias existem em tudo: no cosmos, na arte, na alma. E a criação nasce da sua harmonia.
(Quanto às Leis Herméticas, se o leitor desejar aprofundar este tema, elaborei uma série de crónicas holísticas «AS 7 LEIS HERMÉTICAS», que estão precisamente no ORegiões. Se o leitor clicar a minha pessoa, nos cronistas, terá acesso a todas as crónicas desde o início da minha «navegação» deste maravilhoso projeto).
A Transmutação Hermética: Do Homem Comum ao Iniciado
A prática hermética não se resume a estudo, mas à transmutação interior. É a arte de converter chumbo em ouro — não no sentido material, mas espiritual. É transformar ignorância em sabedoria, medo em amor, ego em essência.
Hermes ensinava que o verdadeiro templo é o corpo, e o verdadeiro altar é o coração. Que o iniciado não busca o céu nas estrelas, mas dentro do seu silêncio.
E assim, cada ensinamento é uma chave — mas a porta está dentro!
O Verbo, a Queda e a Redenção do Espírito
Hoje a humanidade já não honra o verbo. Palavras são lançadas ao vento nas redes digitais sem peso, sem intenção, sem verdade. E por isso o mundo se fragmenta. Esquecemos que toda palavra é magia — branca ou negra — dependendo da consciência de quem a profere.
Vivemos dias em que a alma coletiva parece adormecida, imersa em distrações rápidas, imagens sem alma, frases feitas e “likes” vazios. A cultura tornou-se ruído. O conhecimento tornou-se opinião. E a sabedoria… tornou-se piada.
Estamos a perder a arte da leitura contemplativa. A arte de pensar devagar. De aprender em silêncio. De crescer a partir da dúvida, e não da certeza.
No entanto, o que foi esquecido pode ser lembrado!!!
Estes ensinamentos antigos não vêm para entreter. Vêm para acordar.
Eles não oferecem fórmulas prontas — oferecem espelhos.
Quem os lê com o espírito desperto, encontrará ali não apenas ideias, mas memórias.
Memórias de uma sabedoria que já foi sua, antes de nascer.
Memórias da Centelha Divina que Existe dentro de Si!
Hermes não desapareceu. Ele apenas fala baixo.
E só quem silencia o mundo consegue escutá-lo.
Finalizo com uma frase que, mais do que escrita, é vibrada:
“Escrevo como quem acende uma chama. E que possa acender a sua!»
Até à próxima crónica!
Namasté!
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