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CRÓNICA HOLÍSTICA – Ensinamentos Secretos e Eternos

Namasté! Inicio um tema bastante aprofundado e muito interessante sobre ensinamentos antigos, mistérios históricos, uma verdadeira enciclopédia dos Enigmas… dividido em 12 crónicas, lançadas semanalmente todos os domingos. Estes enigmas Secretos emergem como um farol nesse mar de inquietação. Esta série de crónicas semanais propõe um resgate e uma reinterpretação de saberes antigos, místicos e iniciáticos que sobreviveram às eras por meio de símbolos, mitos e tradições esotéricas.  Estes são os ENSINAMENTOS SECRETOS E ETERNOS

Vivemos numa era de excessos de informação e escassez de sabedoria. No meio dos avanços tecnológicos e rupturas sociais, muitos procuram por algo mais — um sentido oculto, uma ordem invisível que governa o caos do mundo visível.

Inspirada na obra monumental de Manly Palmer Hall, esta série propõe ensinar verdades dogmáticas e provocar o pensamento, sugerir caminhos e inspirar a busca individual por autoconhecimento. Cada crónica será uma viagem, um mergulho em diferentes civilizações, arquétipos e tradições que moldaram — e ainda moldam — a alma humana.

Estas páginas não são para os que buscam respostas fáceis. São convites. Convites a questionar, contemplar e — sobretudo — lembrar. Pois o conhecimento oculto nunca esteve realmente escondido. Ele sempre esteve onde deveria estar: no íntimo de quem verdadeiramente procura. Vamos então iniciar o 1.º  capítulo:

Atlântida e os Deuses da Antiguidade

“O oceano engole o corpo, mas a memória sobrevive no espírito da Terra.”

Muito antes de a história ser escrita com tinta sobre pergaminho, ela era gravada no silêncio das estrelas, no sussurro das águas, no sagrado rumor dos ventos que contavam sobre um continente perdido: Atlântida.

Mencionada por Platão nos seus diálogos Timeu e Crítias, Atlântida é apresentada como uma potência espiritual e tecnológica, situada “além das Colunas de Hércules”, que caiu em desgraça e foi tragada pelo mar. Durante séculos, estudiosos e místicos discutiram se essa civilização teria sido real ou apenas uma alegoria. Mas o misticismo não procura verdades fixas — procura sentido. E nesse sentido, Atlântida é uma metáfora, um símbolo vivo, um eco do nosso próprio passado ancestral, muitas vezes esquecido.

 Atlântida: Arquétipo da Consciência Perdida

Atlântida é  um continente físico submerso que representa uma consciência espiritual submersa, oculta sob as camadas do ego e do materialismo. Era uma sociedade onde ciência e espiritualidade coexistiam, onde os sacerdotes eram também cientistas, e o conhecimento do universo exterior caminhava lado a lado com a sabedoria do universo interior.

Segundo tradições esotéricas, os atlantes dominavam a ciência das vibrações, os cristais de energia, e compreendiam a linguagem simbólica do cosmos. A sua queda, portanto, não foi apenas um colapso geográfico — foi uma ruptura moral e espiritual. Como reflexo do que ocorre no microcosmo do ser humano, Atlântida caiu porque esqueceu a sua origem divina e  rendeu-se  ao ego, ao poder e à separação.

Regressando agora  à atualidade, caro leitor, não nos faz lembrar de algo? Um déjà-vu? Um looping repetitivo?

Este arquétipo é poderoso e universal: todos nós temos uma “Atlântida interior”, um estado de consciência elevado que, se for negligenciado, pode submergir na inconsciência.

Os Deuses que Vieram do Mar

Após o desaparecimento da Atlântida, muitos mitos de civilizações antigas referem-se a “seres vindos do mar”, portadores de sabedoria e cultura. Seriam apenas mitos? Ou seriam lembranças distorcidas de sobreviventes da queda de Atlântida?

Osíris, no Egito, é descrito como um portador de civilização.

CRÓNICA HOLÍSTICA - Ensinamentos Secretos e Eternos
Foto: Ilustração de Osíris – Reprodução

Viracocha, nos Andes, surge dos mares para ensinar agricultura, arquitetura e espiritualidade.

CRÓNICA HOLÍSTICA - Ensinamentos Secretos e Eternos
Foto: Axis-Mundi

Quetzalcoatl, o “serpente emplumada” dos maias e astecas, aparece também como um instrutor divino.

CRÓNICA HOLÍSTICA - Ensinamentos Secretos e Eternos
Foto: WilderUtopia

Oannes, entre os babilónios, é um ser anfíbio que ensina leis e escrita aos humanos.

CRÓNICA HOLÍSTICA - Ensinamentos Secretos e Eternos
Foto: Wikimedia Commons

Essas figuras são incrivelmente semelhantes entre si, surgindo em contextos culturais diferentes, mas com funções idênticas: restaurar a ordem e o conhecimento sagrado após uma grande catástrofe.

Para os estudiosos herméticos, isto não é coincidência: são manifestações de uma mesma linhagem espiritual — os Sobreviventes da Atlântida, guardiões do fogo primordial.

O Simbolismo Platónico e o Ciclo das Civilizações

Platão descreve Atlântida como uma ilha rica, harmoniosa e organizada, mas que, ao corromper-se, foi destruída por “um dia e uma noite de infortúnio”. Essa linguagem não é literal. Ela é simbólica, talvez mesmo iniciática.

Atlântida representa o ápice e a queda de uma civilização que se esqueceu do princípio espiritual que a fundava. Tal como descrito nos ciclos hindus — Satya Yuga, Treta, Dvapara e Kali Yuga — a história da humanidade segue padrões de ascensão e queda, de luz e sombra. O colapso de Atlântida seria o fim de um desses grandes ciclos.

Este mito serve, assim, como aviso e espelho. O que aconteceu em Atlântida continua a acontecer hoje. Estamos mais uma vez à beira de um colapso — ecológico, moral, espiritual. Vivemos na ilusão do progresso, mas esquecemos a sabedoria do coração.

A Busca pela Atlântida Interior

Ao contrário do que muitos pensam, a busca pela Atlântida não é arqueológica. É iniciática. É o resgate da memória perdida da alma, a recordação de que já fomos seres mais plenos, mais conectados ao todo.

A verdadeira Atlântida não está enterrada sob o Atlântico — está escondida dentro de cada um de nós, como um templo interior soterrado pelo ruído do mundo moderno.

Ao estudar Atlântida estamos a ser convidados a recordar quem fomos para compreender quem devemos nos tornar.

Reflexão Final

Será a Atlântida um conto de advertência ou um mapa para o futuro?

Se a queda foi causada pelo esquecimento da essência espiritual, a sua restauração — simbólica ou literal — depende do nosso reencontro com essa essência.

Cada um de nós é, simultaneamente, um sobrevivente e um herdeiro dessa civilização perdida. E talvez seja nas marés da memória e do mistério que reencontremos o continente onde a alma jamais afundou.

Finalizo com uma frase filosófica, que me urge na inspiração:

“Escrevo como quem acende uma chama. Que a tua alma decida se quer aquecer-se nela.”

Até à próxima crónica! Namasté!

Para Atendimentos:  969472825

www.planetaimpacto.wixsite.com/novaera

 

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Anabela Beirão
Anabela Beirão
Chefe de Redação e Editora. Apresentadora do ORegiões web tv e compositora de genéricos musicais para ORegiões. Professora de música e terapeuta holística. Colabora semanalmente com seus artigos de opinião e crónica.

2 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente o Regiões não foi capaz de restringir a sua missão a uma aposta na informação rigorosa, crucial no mundo da desinformação em que vivemos e optou agora para passar a divulgar crónicas com “ensinamentos secretos”, que tem como base a “obra” do Canadiano Manly Palmer Hall. Apenas um aparte, sobre os tais seres anfibios (babilónios), peixes-homem, em acádio, apkallu, motivos que aparece em lendas mesopotâmicas (Gilgamesh) vale muito mais a pena ler, Alan Lenzi – Imagery of the primordial waters: The fish-Apkallu in Mesopotamin art. Journal of Mediterranean Studies, 18 (2008), 140-142.

  2. Agradeço o seu comentário. No entanto cabe informar que as crónicas holísticas existem desde o início do jornal. Se clicar em meu nome nos cronistas terá acesso a todas elas e as datas a que foram lançadas. Para mim é um orgulho poder colaborar num jornal, que como independente que é, aborda vários temas, para além da área política e dá voz a estes temas, quanto a mim e a determinados tipos de leitores de mente aberta, apreciam.
    Agradeço as referências que indicou, que eu como pesquisadora e curiosa nestes assuntos irei verificar. Se o conteúdo tiver na linha que pretendo na área holística poderei usar também como referencia.
    Com os melhores cumprimentos,
    Anabela Beirão

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