Crónica Holística – O Medo de Ser Feliz. Namasté! Esta semana finalizo o ciclo de crónicas, sobre os medos. Medos que assolam o ser humano, que causam bloqueios emocionais, que de certa forma, atrofiam a experiência humana. O intuito destas crónicas é dar consciência da origem dos medos, para que se ultrapassem estas barreiras. Hoje vamos falar sobre o MEDO DE SER FELIZ!
«Querofobia», é o termo dado pela psicologia, ao medo de ser feliz. Traumas, autossabotagem, falta de presença, ilusão da felicidade estar fora, mas principalmente as crenças limitantes, são fatores psicológicos que adensam o medo de ser feliz.
Dando exemplos para melhor entendimento:
– TRAUMAS- Em determinado momento , um indivíduo sentiu uma enorme felicidade no seu passado, mas que logo de seguida sofreu um determinado trauma. Como o cérebro humano apreende as experiencias por associação, o individuo, inconscientemente, passa a evitar situações que o deixam feliz por associar que não merece ser porque logo em seguida algo de muito negativo poderá acontecer.
– AUTOSABOTAGEM: Vai mais além do medo de ser feliz. O indivíduo passa a fazer ações contrárias ao seu desejo provocando em si a autossabotagem, maior parte das vezes de forma inconsciente.
– FALTA DE PRESENÇA: O indivíduo ou vive nas nostalgias do passado ou nas ansiedades do futuro, ficando ausente do seu tempo presente. Ora se não está presente porque a mente vagueia no passado ou futuro como pode apreciar um momento presente que lhe proporcione alguma felicidade?
– A ILUSÃO DA FELICIDADE ESTAR FORA: O indivíduo acredita que a sua felicidade está fora , seja em algum lugar, ou em alguma pessoa. Este desvia-se do seu centro e transfere a felicidade para algo exterior a si. Mas é uma ilusão. O vazio que o individuo transporta dentro de si nunca será preenchido por viagens, em outros lugares ou em outras pessoas. A felicidade não está fora, mas sim dentro do indivíduo, através da interação deste com o seu mundo particular, assim por consequência, com o seu mundo exterior.
– CRENÇAS LIMITANTES: Incutidas pela educação, pelos arquétipos religiosos e culturais. Pela educação, aquando um ato de fazer uma criança feliz que foi mal visto pela sociedade vigente. Pelos arquétipos religiosos, que por norma incutem aos seguidores uma vida vivida de acordo com os seus profetas, uma vida cheia de sacrifícios, pobreza, humildade e autoflagelo como sendo algo bem visto ou necessário para atingir as «graças de Deus». Indo ao limite até, de conectar a felicidade com o prazer, a uma sensação mal vista, uma vez que este é relacionado ao egoísmo humano. Pelos arquétipos culturais que nos influenciam a sentir alguma «culpa», por estarmos felizes aquando existem milhares de pessoas que não o são.
O sentimento de acharmos que não somos merecedores da felicidade leva nos, inevitavelmente à autossabotagem.
Mas então como podemos ser felizes?
Preencher o vazio interno. Com algo externo? Não. Internamente. Avaliar em que áreas se sente o vazio. Sou feliz no trabalho? No relacionamento? De 0 a 10, o quanto sou feliz em determinada área? Obviamente, os indicadores mais baixos deverão ser trabalhados e até mudar algo para que os indicadores aumentem.
Ajustar o «modo vivendis» com a essência de cada um. Necessariamente o auto – conhecimento é a chave! Com ele, abolimos crenças limitantes porque amadurecemos a forma de ver o mundo.
Relativamente à humildade patrocinada pela fé, será não a humildade de depreciação, de sofrência e do vitimismo. Mas sim a humildade de aceitar a vida tal e qual como ela é e desta tirar partido de todas as possibilidades apresentadas.
Finalizo com duas frases, uma de Charles Chaplin e Alexandre Herculano, respetivamente:
«A vida é maravilhosa, se não se tem medo dela»
«O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros».
Boa semana e Namasté!
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