Namasté, continuando com o ciclo de crónicas, sobre os medos que assolam o ser humano, que causam bloqueios emocionais, que de certa forma, atrofiam a experiencia humana, hoje vamos falar sobre o MEDO DE SER TRAÍDO!
A traição implica a perda completa da lealdade que resulta de uma ação traiçoeira que está ligada em muitos aspetos da vida de cada um, em vários campos seja no financeiro, relacional, laboral, etc.
Qualquer traição leva um sofrimento pessoal. No caso de um relacionamento de casal, esta poderá ser corrosiva e assim reduzir a esperança de vida enquanto casal.
O medo de ser traído tem origem em outros tipos de sentimentos cultivados tais como a INSEGURANÇA, TRAUMA, DESCONFIANÇA, SENTIMENTO DE POSSE E DE CONTROLE.
No caso da INSEGURANÇA, o indivíduo tem uma ideia depreciativa sobre si próprio e, inevitavelmente, o leva a questionar sobre si, enquanto ser satisfatório ao nível de manter o interesse do parceiro. Dando um exemplo: – Questões tais como «Como ele ou ela pode estar com uma pessoa como eu?» ou « Há tanta gente melhor que eu», etc…
Relativamente a um TRAUMA de traição do passado, o indivíduo conheceu intimamente esse tipo de sensação negativa, que lhe deixou marcas e que, ao mínimo sinal de alerta, despolta este medo. Isto quer dizer que o indivíduo não aprendeu com os erros. Deveria ter feito uma autoavaliação e perceber o que originou a traição, para que de futuro não haja comprometimento numa nova relação. Caso contrário, este medo levado ao extremo, pode tornar-se numa fobia, PSITANTROFOBIA, que é o ato de não confiar em ninguém.
A POSSE é um sentimento erróneo que se tem sobre alguém. Pretende-se que o outro seja nossa posse, não compreendendo que cada um é um ser individual, que apesar de partilharem uma vida em comum, cada um tem o seu próprio temperamento, ideias e vontades próprias. Somos portanto seres individuais cuja única posse que temos é sobre nós mesmos.
Quanto ao sentimento de CONTROLE, onde o indivíduo peca é julgar que controla tudo. Mas essa sensação é uma ilusão. Às vezes os acontecimentos fogem de controlo e não há como construir uma cerca para aprisionar algo ou alguém que deseja fugir. O fato só originará desconforto e frustrações.
Pensando bem, se alguém deseja fugir de nossa vida é porque já não tem de estar nela. Nada mais há a aprender, portanto o melhor é aceitar a vida tal e qual como é. A aceitação é um princípio que nos mantém calmos quando algo nos foge do controle.
De uma forma mais holística, o medo de ser traído, parte do princípio de que tudo o que uma pessoa vê e sente é o reflexo do seu mundo interno. Neste princípio está patente uma verdade Hermética de que o «Universo é Mental». Portanto como estamos dentro deste universo mental somos parte do Todo ou de Deus. Portanto o Universo responde aos estímulos mentais e vibracionais do mesmo género. A resposta da «macro mente» para uma «micro mente», faz-se pelas semelhanças vibracionais, como assim dizem as verdades herméticas, que «semelhante atrai semelhante».
Traduzindo isto por palavras de fácil compreensão e exemplos simples, se eu fui traída, seja em que área for, é porque coloquei-me no lugar de ser traída:
– Se fui convidada por uma amiga para ir lanchar á sua residência mas, no fundo, não me apetece ir, mesmo sem saber o motivo deste sentimento, mas como é amiga e parece mal ou acho que não vai entender porque não me apetece ir, eu vou. Portanto, não sigo a vontade do coração que me diz para não ir. Por conseguinte, estou a trair a vontade do meu coração. Emano para o Universo a minha condescendência com a vibração da traição. Então, o Universo responde com outra frequência parecida à traição e leva-me a passar por alguma situação que implique a traição de uma amizade. Coloco-me então no lugar de ser traída, porque tudo tem retorno, segundo outra lei hermética. Tudo «vai e volta».
Portanto caro leitor, devemos ser muito conscientes sobre os nossos pensamentos e sensações.
Este é o aprendizado da vida, Deus ou o Universo responde com as mesmas frequências até cada um aprender a mudar o seu registro vibracional, é portanto, «aprender com os próprios erros».
SE EU ME CONHECER PROFUNDAMENTE, SABER QUAIS OS VALORES QUE ME MOVEM, O TEMPERAMENTO QUE TENHO, SABEREI CRIAR MELHOR O MEU MUNDO INTERNO E EM RESPOSTA A ELE, DEUS OU O UNIVERSO RESPONDE-ME, MANIFESTA-SE NO MEU MUNDO EXTERNO. ESTE É O SEGREDO!
Finalizo com uma frase de Sócrates:
«Conhece a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses»!
Até à próxima crónica! Namasté!