Domingo,Outubro 13, 2024
17.5 C
Castelo Branco

- Publicidade -

Crónica Holística Semanal (Avareza)

Namasté! Seguindo o alinhamento das últimas crónicas, sob o tema principal «7 PECADOS CAPITAIS» ou, dito de outra forma, 7 INSTINTOS HUMANOS BÁSICOS, hoje vamos falar sobre a AVAREZA!

Crónica Holística Semanal (Avareza)
DR

Avareza vem do latim «avarus», que significa desejar muito. Então, a avareza ou a ganância é o apego excessivo e descontrolado de coisas, seja de dinheiro, de bens materiais e até de emoções!

O avarento deseja ter tudo para si e, se necessário for, utiliza todos os meios ao seu alcance para atingir o que se deseja, mesmo que esses meios sejam ética e moralmente incorretos.

Neste género de pessoa, encontramos um egoísmo muito vincado, que por mais que tenha, deseja sempre mais, nunca se satisfazendo com o suficiente. Este instinto pode comparar-se a um poço sem fundo.

- Publicidade -

O avarento é um economizador. Relativamente a gastos, pouco faz porque o que está inerente em si é juntar. Portanto, torna-se um acumulador, seja de dinheiro, de bens materiais, de afetos, etc…

Este procura o controlo total da sua vida e, é através deste controlo, que sente o equilíbrio e a estabilidade. No entanto, caros leitores, vivemos num mundo de dualidades, de opostos, e se há coisa que não controlamos é a nossa vida. Pensamos que controlamos, mas por vezes há situações que fogem do nosso controlo e é aqui que o avarento se perde, entra em frustração!

No caso das emoções, o indivíduo avarento desconhece a força das emoções. Sente-as, mas não lhes dá importância. É, portanto, também um economizador de emoções, por achar que o uso excessivo as pode gastar, tornando-se um ser frio.

Este não entende que, ao contrário, quando mais usarmos as nossas emoções, mais aprendemos com elas, mais nos desenvolvem o campo emocional e, por consequência, mais nos enriquecem.

Estas pessoas economizam tanto, que se fecham nas suas «conchas» e nunca se entregam ao que fazem. São naturalmente pessimistas e negativas, dão demasiada importância a coisas menores, o que as torna pessoas mesquinhas. Devido a esse negativismo, não se permitem encantar com as coisas do mundo, criando ao seu redor, um ambiente pesado.
Para melhor entendimento, darei dois exemplos:

– Na intenção de dar algo sem esperar nada em troca e agradecer o que se recebe sem julgamento: Se eu der um ananás a uma pessoa, talvez esta não tenha outro ananás para nos dar, mas dará, por exemplo, o que tem, uma maçã.

Este breve exemplo demonstra que todos nós recebemos sempre do outro algo, mas é necessário compreender e aceitar que o que recebemos é aquilo que o outro pode dar!

Bem, se calhar até precisava de uma maçã para compor melhor a minha salada de frutas!

– Outro exemplo: num determinado relacionamento, quando exigimos que o outro seja exatamente igual ao que desejamos que ele seja, é a nossa ganância a falar alto e a não aceitar o outro tal e qual como é, com defeitos e virtudes.

Porque temos muito a aprender uns com os outros, neste mundo de «salada de frutas». Como podemos aprender algo com outro alguém se este for exatamente igual ao que desejamos, sem superar as nossas expectativas? A nossa vontade, os nossos desejos têm de ser colocados à prova! E isso só acontece com percursos diferentes do nosso percurso, para que saiamos da zona de conforto e assim aprender algo com isso.

Para que possamos combater a avareza em excesso, é necessário desenvolver a generosidade. Generosidade para consigo próprio e para com outros. Ao olhar para si de uma forma mais generosa, mais humana, a sua visão expande-se e, por consequência, passa a olhar o mundo de uma forma mais positiva e alegre. Ao olhar os outros com generosidade, aprenderá a aceitar o que cada um pode dar e aprende com cada qual, o que este pode ensinar.

Como usar bem este instinto, a avareza?

Há um provérbio popular que ilustra bem e responde a esta pergunta:

«Quem não dá aquilo de que gosta, não recebe aquilo que deseja».

Então, se dermos sem intenção de receber algo em troca, damos porque naturalmente sentimos o desejo de dar, damo-nos à vida e ao mundo e vivemos as nossas experiências ao máximo. Por conseguinte, receberemos exatamente aquilo que necessitamos e não o que desejamos. Porque o desejo vem do Ego e o que necessito vem da Essência!

Este instinto serve para sinalizar a nossa capacidade de dar, de ser generoso, regula os nossos excessos, indica a hora certa de poupar e gastar!

Finalizo, como tem sido habitual, com uma frase sobre a avareza, de Allan Kardec:
«O apego às coisas materiais é sinal notório de inferioridade, porque quanto mais o homem se prende aos bens do mundo, menos compreende a sua destinação.»

Até à próxima crónica! Namasté!

Anabela Beirão
Terapeuta Holística
Consultas: 969472825

 

 

Não perca esta e outras novidades! Subscreva a nossa newsletter e receba as notícias mais importantes da semana, nacionais e internacionais, diretamente no seu email. Fique sempre informado!

Partilhe nas redes sociais:
Anabela Beirão
Anabela Beirão
Apresentadora do ORegiões web tv e compositora de genéricos musicais para ORegiões. Professora de música e terapeuta holística. Colabora semanalmente com seus artigos de opinião e crónica.

Destaques

- Publicidade -

Artigos do autor