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D. Américo Aguiar quer acelerar compensações a vítimas de abuso

O cardeal e bispo de Setúbal considera que a Igreja está cada vez “mais perto” de dar mais protagonismo às mulheres, embora reconheça que existem vários padres que resistem a “partilhar o poder” com quem quer que seja. Em entrevista ao programa Hora da Verdade, o cardeal e bispo de Setúbal diz esperar que a reunião plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), de 11 a 14 de novembro, possa decidir que não será preciso ouvir de novo as vítimas para proceder às compensações.

D. Américo Aguiar considera que é “obrigação” da Igreja Católica agilizar o processo de compensações às vítimas de abusos sexuais. Em entrevista ao programa Hora da Verdade da Renascença e do jornal “Público”, o cardeal e bispo de Setúbal diz esperar que a reunião plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), de 11 a 14 de novembro, possa “continuar este caminho” e decidir que não será preciso ouvir de novo as vítimas para proceder às compensações.

“Não vamos pedir às vítimas que percorram novamente o túnel do horror”, diz D. Américo Aguiar.

O bispo de Setúbal, um dos quatro portugueses que participaram na última sessão da Assembleia Geral do Sínodo, em Roma, explicou, por outro lado, que a Igreja está cada vez “mais perto” de dar mais protagonismo às mulheres, embora reconheça que existem vários padres que resistem a “partilhar o poder” com quem quer que seja.

Na entrevista, D. Américo Aguiar revela-se preocupado com a situação dos mariscadores das margens do Tejo, ao longo da península de Setúbal, salientando que muitos deles são trabalhadores ilegais, lamentando que, provavelmente, o assunto “só voltará a ter a atenção de quem de direito quando morrer mais alguém”.

A partir dos trabalhos do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, que terminaram a 27 de outubro, D. Américo revelou que, até junho, vão funcionar dez grupos de estudo sobre algumas questões – pobreza, participação das mulheres na Igreja.

Segundo o Bispo de Setúbal, ”aquilo que o Papa empreendeu desde o início é que nos sintamos em modo sinodal. Isso significa que os problemas e os caminhos a percorrer no futuro sejam discutidos naquilo que é a partilha da família dos irmãos e das irmãs. O sínodo era sobre a sinodalidade, propriamente dita, e as temáticas que viessem seriam encaminhadas para os tais dez grupos de trabalho para cada um poder fazer o estudo aprofundadamente”.

“Não tenho dúvidas quanto à importância do papel da mulher na Igreja, seja na catequese, seja na liturgia”

Nestes dez anos, há um caminho que se vai fazendo, em muitas áreas, não é única e exclusivamente nessa. Na votação sobre o diaconato feminino, houve 90 e tal votos contra, mas uma esmagadora maioria a favor, 200 e tal a favor, adianta.

Para D. Américo não existem ”dúvidas quanto à importância do papel da mulher na Igreja, seja na catequese, seja na liturgia. Mais do que a questão do ordena ou não ordena, na sociedade e na Igreja somos iguais”.

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