Vão ser ouvidos esta segunda pela Polícia Judiciária Militar os 13 militares que a 11 de março recusaram cumprir a missão do navio Mondego, na Madeira.
A defesa mantém a alegação que a embarcação não tinha condições de segurança para navegar e afirma agora que “há indícios de prova que estão a ser apagados” e que o navio Mondego “foi todo limpo” na quarta-feira, antes da ida ao local do Almirante Gouveia e Melo e da presença de duas televisões. Falam ainda de um avião carregado de material que terá voado até ao Funchal para permitir reparações no navio antes da inspeção feita apenas pelos serviços da Marinha.
Os 13 militares alvo de processo disciplinar e criminal são defendidos pelos advogados Paulo Graça e Garcia Pereira.
Uma outra alegação da defesa será o tempo de missão que a embarcação cumpriu no último ano, que atingiu mais do dobro do devido.
O NRP Mondego esteve 321 dias em missão europeia no âmbito do FRONTEX, acima do tempo médio de navegação, que são 160 dias/ano. O desgaste ou falta de manutenção poderá estar em causa.
O navio Mondego deveria ter sido rendido na Madeira em janeiro de 2023 pela corveta António Enes, que acabou por avariar antes de chegar ao destino.
O NRP Mondego está ao serviço da Marinha Portuguesa há 31 anos. Foi comprado à Dinamarca.