O coordenador dos deputados do PS na comissão de inquérito à TAP, Carlos Pereira, anunciou que vai deixar todas as suas funções na comissão parlamentar de inquérito após uma notícia de alegado favorecimento. Carlos Pereira negou, esta sexta-feira, que “é falso” que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tenha concedido um “perdão de dívida” e que tenha havido algum tipo de “favorecimento”.
![Deputado socialista Carlos Pereira sai da comissão de inquérito da TAP para acabar com “clima de suspeição”](https://oregioes.pt/wp-content/uploads/2023/04/carlos-pereira-300x200.jpg)
O deputado anunciou que vai deixar a coordenação dos socialistas na coordenação do inquérito, mas que também vai sair da própria comissão.
Numa declaração escrita enviada às redações nacionais durante a noite, o deputado eleito pela Madeira justifica a decisão com a necessidade de “proteger os resultados a apurar na Comissão de Inquérito e salvaguardar os superiores interesses do Partido Socialista”, acabando com o que considerou um “clima de suspeição, insinuação e especulação que tem norteado a comissão”.
Já esta manhã, Carlos Pereira esteve em conferência de imprensa na Assembleia da República, lado a lado com o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.
“Acho que o melhor que posso fazer é de facto abandonar a comissão parlamentar de inquérito, dar-lhe a tranquilidade necessária”, afirmou, rejeitando ainda que tenha decidido sair por antecipar um parecer desfavorável da comissão parlamentar de Transparência relativo à sua participação numa reunião com assessores governamentais e a presidente executiva da TAP na véspera de uma audição parlamentar.
Carlos Pereira sublinhou que a sua saída também não se prende com o perdão da dívida da CGD, pois é “falso que tenha havido um perdão”, ou qualquer favorecimento, tratamento preferencial ou incompatibilidade, num processo em que foi avalista de um empréstimo naquela entidade bancária.