Estamos tramados. Segundo o portal oficial dos concursos públicos, anda-se à procura de uma empresa para publicitar a marca “Vinhos de Portugal” no estrangeiro. Por acaso, um dos concursos que a “ViniPortugal – Associação Interprofissional do Vinho” tem aberto paga 47 mil euros para a promoção do belo tinto em 2025 na… Ucrânia! Como eu percebo. De Kiev ao Dumbass, ou como se chama a terra, TODOS deviam tragar uma caixa de vinho “Amália”, apuradinho, fresco, a rigor. E se a campanha servisse à Rússia, então, mais 50 mil euros para embezanar aquela gente toda. As bombas iam cair ao mar, que já assim está morto, e não se aleijava ninguém (o mar morto é em Israel, mas deu jeito, agora).
Compreende-se a escolha desta associação empresarial, também vendedora ao Estado. Assim se entende, também, que este ano tenhamos gasto 127 mil euros para “Aquisição de Fardamento de Inverno para a Ucrânia”. A galardoada foi a empresa PTTEX – Indústria Têxtil, Lda, que tem como clientes, entre outros, o Exército e a Marinha Portuguesas, mais a GNR. Ao todo, a PTTEX já acumulou, ao longo dos anos, a bela soma de €9.586.130,34 só em encomendas estatais. Por isso, agora que chega o Inverno, é melhor mandar fazer um casaquinho igual aos que foram para a Ucrânia, não caia aí uma bomba de água e fiquemos uns pintos.
A gente agora podia continuar com a curiosidade de ir ver os sócios deste portento de Santo Tirso, compreender mais um pouco, perguntar: “Por que raio pagámos à PTTEX €114 mil euros para comprar “‘Meias de Compressão e Meias Antiderrapantes’ para a Unidade Local de Saúde de Braga, E. P. E.”?
Ou, ainda, porque largámos 324 mil euros à mesma empresa para “Aquisição e instalação de postaletes nas paragens de veículos de transporte colectivo de passageiros – concelho de Santa Maria da Feira”? Eu nem sei o que são os ‘postaletes’, quanto mais estar a formar juízo sobre a coisa.
Mas está tudo no site Base.gov.pt, que é um entretenimento bem maior do que qualquer Tik-Tak, Instagrama ou Forcebook. É que, no Base, a gente ri-se com o dinheiro que sai dos nossos bolsos e sabe, afinal, para onde vai boa parte dele. Para já, ficámos a saber que os postaletes de Câmara da Feira são tão bons como as fardas para o Inverno na Ucrânia. Ou melhores, ainda, pois custaram o triplo do preço.
Ah… não há granada ou drone que meta medo a um postalete da Feira. Venham eles!! Nem sabem o que os espera. Larguem lá o elogio à “redoma de ferro”, nome que se dá às antiaéreas de Israel. Postaletes!, amigos, postaletes e meias de compressão para a frente da batalha. E copo de três, não se esqueçam.
É esse o plano de vitória que o senhor Zélensky anda a apresentar a toda a gente.
Como isto está assim, podiam encomendar à dita empresa umas vendas e umas mordaças para alguns líderes partidários. Todas em chique e algodão. A ver se não sai tanta asneira. Ou umas redes de compressão craniana, sei lá.
Vota postalete!
