O Ministério Público (MP) acusou hoje, 17 de fevereiro, 21 arguidos (18 pessoas e três empresas) dos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa para o tráfico, detenção de arma proibida e branqueamento de capitais, com ligações organizações criminosas brasileiras e colombianas.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal desmantelou uma rede tráfico de estupefacientes que actuava nos portos de Setúbal, Sines e Leixões. A investigação envolveu o MP, a Unidade Central de Combate ao Tráfico de estupefacientes da Polícia Judiciária (PJ) e o EUROJUST, tendo as diligências efetuadas resultado na apreensão de armas, droga, telemóveis, dinheiro e automóveis, entre outros objetos.
De acordo com uma nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), está em causa uma alegada rede criminosa “com ramificações nos Portos de Setúbal, Sines e Leixões e no aeroporto de Lisboa”, sendo a droga transportada desde o Brasil e a Colômbia através de contentores marítimos ou aviões.
Este grupo tinha “ligações estreitas com as organizações criminosas Comando Vermelho, no Brasil, e Cartel de Medellin, na Colômbia”, sustenta o MP, acrescentando que os arguidos recorriam a “sistemas encriptados tipicamente usados pelas maiores organizações criminosas mundiais ligadas ao tráfico de estupefacientes e ao crime violento” para as suas comunicações.
Dos 18 indivíduos acusados, sete encontram-se em prisão preventiva, um arguido está em prisão domiciliária, outro tem de se apresentar periodicamente às autoridades e ainda mais um arguido está sujeito a proibição de contactos, apresentações periódicas e proibição de se ausentar para o estrangeiro. Os restantes têm apenas a medida de coação mais leve, ao estarem sujeitos a termo de identidade e residência