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Dinossauros com penas? Descoberta desafia a imagem clássica dessas criaturas pré-históricas

Durante décadas, a imagem dos dinossauros no imaginário coletivo foi moldada por livros, filmes e representações científicas que os retratavam como répteis escamosos, gigantes e ferozes. Mas a ciência continua a reescrever a história – ou, neste caso, o visual – dessas criaturas fascinantes. A mais recente descoberta, publicada na revista Current Biology, pode mudar definitivamente a forma como os imaginamos: um fóssil com penas, preservado em âmbar há 99 milhões de anos, reforça a teoria de que muitos dinossauros eram, na verdade, cobertos por penas

Dinossauros com penas? Descoberta desafia a imagem clássica dessas criaturas pré-históricas
Foto: Green Vibe

A cauda do dinossauro, encontrada em perfeito estado, mantém não apenas os ossos e tecidos moles, mas também penas delicadamente conservadas. Envolta em âmbar – resina fossilizada de origem vegetal – essa relíquia do passado oferece novas pistas sobre a evolução dessas estruturas e o papel que desempenharam na vida dos dinossauros.

Mais do que estética: isolamento, camuflagem e sedução

A presença de penas levanta diversas hipóteses entre os cientistas. Alguns acreditam que elas funcionavam como isolamento térmico, ajudando os animais a regular a temperatura corporal. Outros propõem funções como camuflagem ou até atração sexual, semelhantes ao uso das penas por aves modernas.

Contudo, é importante frisar que nem todos os dinossauros tinham penas. As evidências mais fortes estão entre os terópodes – grupo que inclui predadores como os raptores e também as atuais aves. Há indícios, ainda que escassos, de penas em alguns dinossauros herbívoros, mas grupos como os saurópodes e ornitópodes ainda não apresentaram provas convincentes.

Descobertas que reconstroem a história

Esta não é a primeira vez que fósseis indicam a presença de penas em dinossauros. Um dos mais conhecidos é o Archaeopteryx, uma ave primitiva com penas, que viveu há cerca de 150 milhões de anos e foi encontrado na Alemanha. Na China, o Sinosauropteryx, pequeno terópode com cerca de 125 milhões de anos, foi o primeiro dinossauro não aviário com evidência clara de estruturas semelhantes a penas.

Outro caso emblemático é o do Yutyrannus, um parente distante do temido Tiranossauro Rex, que media cerca de nove metros e foi encontrado com uma camada de penas cobrindo o corpo. Até o famoso Velociraptor apresenta pistas: foram encontradas protuberâncias ósseas em seus braços semelhantes às que fixam penas em aves modernas – um indício importante, embora não definitivo.

A desconstrução de um mito pré-histórico

Essas revelações geram fascínio e também provocam um certo desconforto: será que os dinossauros que conhecemos, e que a cultura pop eternizou, nunca existiram da forma como os imaginamos? Filmes como Jurassic Park e livros infantis ajudaram a criar ícones como o Triceratops, o Tiranossauro Rex e o Velociraptor. Mas a ciência, como sempre, avança – e com ela, nossas representações também precisam evoluir.

A ideia de dinossauros emplumados pode parecer estranha à primeira vista. No entanto, ao invés de diminuir o seu impacto, esse novo visual apenas reforça a complexidade e a beleza do mundo natural. Os dinossauros talvez fossem ainda mais surpreendentes do que pensávamos.

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