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Dona da Cartier impõe regras à inteligência artificial e escolhe Lisboa para liderar revolução tecnológica

A multinacional suíça Richemont, detentora de marcas de luxo como Cartier, Van Cleef & Arpels e Montblanc, deu um passo estratégico na governação da inteligência artificial (IA) ao criar um conselho interno dedicado a regular o uso desta tecnologia, garantindo que seja aplicada de forma ética, responsável e alinhada com os valores da empresa.

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo administrador tecnológico (CTO) do grupo, Eduardo Grilo, na inauguração oficial do R:TECH — o primeiro hub tecnológico da Richemont fora da Suíça — localizado no Oriente Green Campus, em Lisboa. O centro nasce com a ambição de colocar Portugal na linha da frente da inovação digital no setor do retalho de luxo.

“A IA faz parte integral do nosso roteiro para o futuro”, afirmou o responsável, sublinhando que “o conselho de IA foi criado para reger a aplicação desta tecnologia dentro do grupo, decidir onde deve ou não ser usada e garantir que o seu uso se faz de forma ética”.

Segundo Eduardo Grilo, este é apenas o início de uma jornada mais ampla no campo da inteligência artificial, cujo impacto se irá expandir nos próximos anos.

A par da criação deste conselho, a Richemont lançou o seu primeiro assistente virtual interno, denominado Agente 42, um sistema que permite aos colaboradores utilizar IA generativa num ambiente seguro, promovendo a experim entação e a inovação com controlo e responsabilidade.

O novo hub em Lisboa já contratou 100 pessoas e deverá empregar até 400, abrangendo perfis como engenheiros de software, cientistas de dados, especialistas em produtos e arquitetos de soluções. O objetivo é reforçar a capacidade tecnológica global da empresa, complementando o centro existente em Genebra, na Suíça.

“A colaboração impulsiona a inovação e é por isso que é um valor central na nossa abordagem tecnológica”, destacou Kim Hartlev, diretor de informação (CIO) da Richemont. “Este centro funcionará como um polo de conhecimento, desenvolvimento de talento e partilha de expertise, contribuindo para a transformação tecnológica contínua do grupo.”
Nicolas Bos, presidente executivo da Richemont, explicou as razões por detrás da escolha de Lisboa.

“Quisemos manter as nossas operações na Europa e Portugal destaca-se como um país com forte tradição e ligação ao nosso grupo. Lisboa tornou-se um centro dinâmico de inovação e talento jovem, com um ecossistema tecnológico vibrante”, afirmou, destacando ainda o clima, a gastronomia e a cultura local como fatores que pesaram na decisão.

Bos partilhou ainda um momento pessoal, revelando que o seu primeiro contacto com a distribuição da Cartier ocorreu em Portugal, há mais de 30 anos. “Percorri o país numa auditoria aos nossos retalhistas. Lisboa tem um significado especial para mim desde então.”

Com esta aposta em Portugal, a Richemont reafirma o seu compromisso com a inovação tecnológica e o desenvolvimento ético da inteligência artificial, num momento em que o setor do luxo procura modernizar-se sem perder a essência que o distingue.

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