Os corações dos apaixonados deste verão, podem continuar curiosos e felizes por não lhes faltar nem entretenimento desportivo nem cultural, ao mais alto nível
O torneio de Wimbledon está a meio e termina simultaneamente a 14 de julho com a final berlinense do Euro 24
No mesmo domingo, desde 1880, celebra-se em França a tomada da Bastilha de 1789. Entretanto, a Volta a França em Bicicleta já dá aos pedais até domingo, 21, apenas cinco dias antes da abertura dos Jogos da XXXIII Olimpíada de Paris e arredores.
É na Grande Nação que já tocam as fanfarras. Para lá se viram os olhos daqueles que sempre anseiam por estes eventos.
Mas a procissão ainda vai no adro e na Alemanha o fute ainda mexe com a gente. Uns tantos, ainda meio estonteados com as emoções de sexta e sábado, outros também, mas contudo, bem esperançosos porque ainda não abandonaram o terreno de jogo, andam na berra e na copofonia.
Para os anfitriões, acabou-se a papa doce!
Ou seja: Há que levar a bom porto o termo do campeonato, mas as tais, Fan Zones com chafaricas e vídeos coletivos, encher-se-ão, sim, com gentes locais, estrangeiros residentes e turistas, mas certamente com poucas bandeiras germânicas.
O organizador permanece até ao fim, no jogo da hospitalidade e a tristeza já mudou para uma nova confiante certeza. „Foi por um triz! Mostrámos que temos equipa, grande candidata à Nations League e ao Mundial de 2026 na América do Norte“.
Zás-trás! Eles são assim. Nunca largam o osso.
Como costumamos comentar, os Alemães não brincam em serviço e passada a bola aos adversários, têm agora novamente mais tempo, políticos e democratas profissionais, para se dedicarem às tarefas mais perenes, tão negligenciadas, muito especialmente, na última década.
Falta de habitações, a rendas comportáveis contrasta com a necessidade de quadros jovens de formação profissional aproveitável.
Parece que falta tudo como nos anos 50 e 60 do século passado. Jovens nacionais formados, abandonam o país enquanto outros estrangeiros, licenciados cá ou não, são procurados com alta emergência na investigação e essencialmente em hospitais, em lares de idosos e no tratamento diário ao domicílio.
A construção civil que mais impera é a do luxo, para milionários e multimilionários que naturalmente se marimbam para os créditos bancários. Esses são para os pobres que se se orientarem com olhinhos de ver, preferem o aluguer social em vez da propriedade privada que lhes só traz custos adicionais e ralações regulares.
Como na aldeia global, a vida não está nada uma pera doce.
Existem muitas dúvidas quanto à segurança no convívio multicultural das grandes, pequenas cidades e até no campo.
Há suficientes habitantes que não dominam o idioma ou que só o usam pouca e deficientemente. Apesar dos esforços do Estado com cursos constantes, há quem de costumes não europeus, não se queira integrar nem respeitar o quotidiano e o modus vivendi daqui e que preconize, por sistema, a instalação in loco de formas de comportamento que nos seus países abandonaram. Nota-se uma infiltração clandestina, por vezes descaradamente aberta, de um Estado dentro deste Estado, perante a demasiada benevolência das entidades do poder autarca local.
À casa aonde fores ter, faz como vires fazer, é uma simples filosofia de viver e deixar viver que pouco se espelha no dia-a-dia dos desintegrados voluntários.
O governo federal pouco exige e pouco uso faz das alavancas da sua responsabilidade para enfrentar o dilema deste facto irrefutável, surto também duma criminalidade galopante, completamente assustadora.
Fiquemo-nos outra vez pela bola e peguemos num exemplo de Toni Kroos, de 34 anos, central da seleção alemã em final de carreira do Real Madrid.
A Alemanha é nas palavras dele, bem porreira para muita coisa, mas ele fica-se por Espanha porque deixar sair a filhota à noite, quando tiver 15, é algo que não lhe passaria pela cabeça no seu país natal.
Convenhamos que o que tem de estar a dar, tem de muito mudar.