Garantiu Armindo Jacinto, em declarações prestadas à imprensa, numa conferência realizada à porta fechada, em instalações do município
Armindo Jacinto, o autarca sobre o qual incidem os focos mediáticos, a propósito do escândalo da indeminização milionária devida à artista plástica Cristina Rodrigues, convocou, esta terça-feira dia 3 dezembro, uma conferência de imprensa, em Idanha-a-Nova, para expor a sua posição sobre o assunto.
Apesar do caso não ser novidade, e de se arrastar nos tribunais há anos, a questão ganhou agora uma nova dimensão nacional, com a reportagem do programa Exclusivo da TVI, de Sandra Felgueiras, transmitido em horário nobre na passada sexta-feira.
A par do caso de Cristina Rodrigues, o Exclusivo divulgou uma série de outros dossiers que comprometem o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, caso dos quadros subtraídos a Cristina Rodrigues e oferecidos à ex-ministra Ana Abrunhosa, das alegadas irregularidades em concursos públicos para a feira Raiana, ou da aquisição de um barracão a um familiar da esposa do autarca.
Em resposta a todas as acusações contra si formuladas, o autarca veio agora anunciar que a autarquia se prepara para propor duas acções judiciais contra a artista plástica, em vista de «repor a verdade e a honra do município, de Idanha, dos idanhenses e dos funcionários», da autarquia.
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa, realizada à porta fechada, para a qual apenas foram convocados alguns órgãos de comunicação social, tendo O Regiões, ficado de fora da convocatória.
Não obstante, O Regiões conseguiu apurar que Armindo Jacinto, para além de ponderar vir a fazer um pedido de indemnização a Cristina Rodrigues, admite ainda propor uma queixa-crime por difamação agravada contra outros cidadãos, por comentários proferidos na referida reportagem televisiva.
Recorde-se que, como O Regiões já avançou anteriormente, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova foi condenada a pagar a Cristina Rodrigues uma indeminização de 333 mil euros, por sete obras da artista terem ficado inutilizadas em instalações da autarquia, numa decisão já transitada em julgado. Porém, mesmo depois de ter sido penhorada uma conta bancária à autarquia, como garantia do pagamento devido, o autarca tem esgotado todas as vias de recurso ao seu alcance, para atrasar o pagamento, pelo que a dívida neste momento ronda perto do meio milhão de euros, contados juros, taxas, honorários ao agente de execução e multas.
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