A informação do encerramento foi confirmada pela Embaixada de Israel em Portugal, na rede social Twitter, cujos funcionários da representação diplomática já não voltaram ao trabalho depois da hora de almoço por aderirem aos protestos no país contra o plano de reforma judicial defendido pelo governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A mesma fonte da embaixada aconselha ainda que todos os que tenham assuntos urgentes para resolver com a Embaixada de Israel em Portugal a fazê-lo por via do e-mail consul@lisbon.mfa.gov.il.
A decisão surge após a União de Sindicatos em Israel ter decidido avançar com uma greve que afeta as embaixadas israelitas internacionalmente. Vários diplomatas de diferentes embaixadas israelitas no estrangeiro anunciaram hoje também a adesão às greves e aos protestos que decorrem em Israel contra o plano de reforma judicial que pretende limitar os poderes do Supremo Tribunal do país.
A informação foi confirmada por Yaniv Levy, porta-voz do Histadrut, o maior sindicato de Israel, que adiantou que as missões diplomáticas israelitas também estão em greve e que apenas estão a funcionar os “serviços de emergência”, uma vez que quer embaixadores, quer cônsules aderiram à vaga de contestação, que está a paralisar o país.
A greve geral, de caráter imediato, foi convocada hoje de manhã pelo líder do Histadrut durante uma conferência de imprensa em que exigiu o fim da reforma judicial anunciada pelo governo, que está a dividir profundamente o país.
A reforma judicial desencadeou uma das mais graves crises internas de Israel, ao unir a oposição, líderes empresariais, funcionários judiciais e mesmo militares do país.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu hoje a Netanyahu para “atuar com responsabilidade e coragem” e pôr fim “de imediato” ao processo legislativo da polémica reforma judicial que está a dividir o país.