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Embuste? Renováveis Continuam dependentes do Diesel

A indústria das energias renováveis ainda depende de geradores a diesel para garantir estabilidade em sistemas híbridos, operações offshore e instalações críticas, revelam especialistas e dados técnicos. O uso temporário deste combustível fóssil persiste em contextos como comunidades isoladas, parques eólicos e infraestruturas hospitalares, apesar dos avanços rumo à neutralidade carbónica

Em comunidades remotas e ilhas, sistemas híbridos combinam energia solar ou eólica com geradores a diesel para assegurar fornecimento contínuo. Quando a produção renovável é insuficiente — devido a falta de vento, céu nublado ou falhas técnicas —, o diesel entra em acção, prevenindo apagões.

Instalações críticas, como hospitais e data centers, também recorrem a este combustível como backup. «Em situações de emergência, quando as baterias se esgotam, o diesel torna-se indispensável», explica um engenheiro de sistemas energéticos.

O diesel ainda é necessário como apoio, especialmente em locais remotos ou em sistemas que ainda não têm armazenamento suficiente. Com a melhoria das baterias, micro-redes e gestão inteligente da rede eléctrica, a dependência do diesel tende a cair com o tempo.

Embora a geração de electricidade a partir do vento seja essencial para atingir a neutralidade carbónica, a indústria de energias renováveis ainda depende fortemente do diesel. Essa dependência é evidente em diversas fases:

  • Transporte e Instalação: O deslocamento de turbinas, componentes e técnicos até os parques eólicos offshore utiliza embarcações movidas a diesel.
  • Operações Offshore: Subestações necessitam de geradores a diesel como fonte de energia de reserva para manter sistemas críticos.
  • Atividades Onshore: Operações portuárias empregam guindastes e empilhadeiras a diesel, além de geradores temporários.

Operações Offshore e Logística

No sector eólico offshore, a dependência é visível: embarcações que transportam turbinas e técnicos funcionam a diesel, enquanto subestações marítimas usam geradores deste combustível para manter sistemas críticos. Em terra, operações portuárias empregam guindastes e empilhadeiras movidas a diesel durante a instalação de equipamentos. Mas até “ventoínas” terrestres são utilizados pequenos motores a combustível para fazer “arrancar” o movimento das pás. O mesmo acontece nos painéis solares, quando, à noite, as baterias se esgotam — entra em cena um velho e bom gerador a “gasóil”.

Inovação para Reduzir Emissões

A Prior Power Solutions desenvolveu o Hydrogen-Diesel Introduction System (HDIS), tecnologia que converte motores tradicionais em sistemas de duplo combustível (hidrogénio e diesel). Segundo a empresa, o HDIS — que produz hidrogénio sob demanda através de electrólise da água — reduz o consumo de diesel em 14 por cento e diminui emissões de partículas (80 por cento), óxidos de nitrogénio (22 por cento) e monóxido de carbono (25 por cento).

Perspectivas Futuras

Especialistas projectam que a dependência de diesel diminuirá com o avanço de baterias de alta capacidade, micro-redes inteligentes e soluções como o HDIS. «A transição é gradual, mas tecnologias limpas já permitem reduzir impactos ambientais sem comprometer a fiabilidade», afirma um representante do sector.

Enquanto isso, o diesel mantém-se como recurso essencial para garantir a transição energética — paradoxo temporário num caminho que visa, a longo prazo, prescindir de combustíveis fósseis.

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Nota: Valores percentuais referem-se a dados internos da Prior Power Solutions, validados por testes independentes. Fontes incluem comunicados da empresa e relatórios técnicos do sector energético.

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