A devastação causada pelas inundações de 29 de outubro em Espanha continua a aumentar, com as autoridades a confirmarem 223 vítimas mortais e 50 desaparecidos, segundo os dados mais recentes. A situação mais crítica verifica-se na região da Comunidade Valenciana, no leste do país, onde 215 mortes foram já oficialmente registadas.
As chuvas intensas também provocaram vítimas em outras regiões, com sete mortos em Castela-La Mancha, adjacente à Comunidade Valenciana, e um óbito na Andaluzia, no sul de Espanha. As autoridades confirmaram, até às 20:00 desta sexta-feira, o registo de 50 pessoas desaparecidas, com esforços em curso de equipas conjuntas de polícias e médicos forenses, especificamente mobilizadas para esta operação.
As investigações sobre os desaparecidos focam-se em denúncias feitas por familiares, que forneceram informações detalhadas e amostras biológicas para auxiliar na identificação, caso sejam recuperados mais corpos. A coordenação destes esforços cabe ao Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana, que gere o Centro de Integração de Dados (CID), estrutura criada para coordenar operações de emergência em situações de catástrofe como esta.
O CID alerta que o número de desaparecidos pode ainda sofrer alterações, uma vez que existem 29 cadáveres nas morgues de Valência que permanecem por identificar, enquanto as autoridades continuam a cruzar dados entre os corpos encontrados e os desaparecimentos registados. Esta tragédia sem precedentes, que abalou profundamente o país, coloca agora um intenso desafio às equipas de resgate e identificação, enquanto os esforços para localizar os desaparecidos permanecem ativos.