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Exames digitais só em 2025, mas provas de aferição já arrancaram com 250 mil alunos a fazer provas digitais

Em 2025 todas as provas de algumas disciplinas do ensino secundário serão em formato digital, desde as provas de aferição do ensino básico até aos exames nacionais. Mas, este ano, as provas de aferição vão começar a 2 de maio para os alunos do 2.º ano, mas só no final do mês será a estreia das provas digitais para os mais de 250 mil estudantes do ensino básico.

Exames digitais só em 2025, mas provas de aferição já arrancaram com 250 mil alunos a fazer provas digitais.
DR

Entre os dias 2 e 11 de maio as escolas do 1.º ciclo vão levar a cabo as provas para avaliar o desempenho dos seus alunos do 2.º ano a Educação Artística e Educação Física. Uma semana depois, entre 16 e 26 de maio, arranca a “época” das provas de Educação Física para os alunos do 5.º ano e de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para os do 8.º.

Todas estas provas mantêm o modelo antigo e por isso não suscitaram críticas, mas as que se seguem serão digitais e têm sido alvo de forte contestação por parte dos encarregados de educação, professores e diretores escolares. Os diretores alertam que há escolas com problemas de rede e que alguns computadores poderão avariar durante as provas, não havendo técnicos informáticos suficientes para dar apoio nos dias das provas.

Professores e pais defendem que as provas não fazem sentido porque ainda se estão a recuperar aprendizagens perdidas durante a pandemia e muitos consideram que os alunos do 2.º ano, na maioria com sete anos, poderão não conseguir responder usando o teclado e o rato.

O presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) reconheceu que algumas escolas ainda não reúnem as “condições ideais”, mas explicou que estes testes podem ser feitos em modo offline, não ficando dependentes da rede de internet, e que os alunos podem ser divididos em dois turnos para que haja equipamentos para todos.

Em relação a eventuais dificuldades dos alunos em responder às perguntas, Luís Pereira dos Santos recordou o projeto-piloto realizado no ano passado em que os alunos do 2.º ano deram respostas em qualidade de produção escrita e dimensão semelhantes aos dos colegas que fizeram a prova em papel.

A sugestão de Luís Pereira dos Santos é que pais e professores acedam ao site do IAVE onde estão disponíveis provas semelhantes às que serão realizadas pelos alunos. O cronograma do IAVE prevê que a 24 de maio os alunos do 8.º ano realizem a “componente de Observação e Comunicação Cientifica da prova de Ciências Naturais e Físico Química” e a 2 de junho os alunos do 5.º ano façam a prova de Português.

Seguem-se as provas de Ciências Naturais e Físico Química (8.º ano), História e Geografia de Portugal (5.º ano) e Matemática (8.º ano) e só a 15 de junho chegam as provas do 2.º ano em formato digital: primeiro Português e Estudo do Meio e a 20 de junho Matemática e Estudo do Meio.

“Experiências” remontam a 2018

As primeiras provas digitais foram testadas pelo IAVE em 2018 por alunos do 8.º ano que fizeram um teste de Matemática e, no ano passado, realizou-se um projeto piloto com seis mil alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos.

Este ano, será a vez de um grupo de alunos do 9.º testar as provas digitais, para que em 2024 sejam universais para todos os finalistas do 3.º ciclo.
Este ano, a 1.º fase das provas finais do 9.º ano realizam-se a 16 de junho (Matemática) e a 23 de junho (Português), altura em que já terão começado os exames nacionais do secundário.

Os exames dos cerca de 150 mil alunos do secundário inscritos nas provas do 11.º e 12 anos arrancam a 19 de junho, com as disciplinas de Português, Italiano e Mandarim e terminam a 3 de julho com Geometria Descritiva A e História B.

A partir de 2025 é tudo digital

No próximo ano, será a vez de um grupo de alunos do secundário realizar os exames nacionais em formato digital para que, em 2025, esta passe a ser uma pratica universal nas provas de aferição, provas e exames nacionais. Ou seja, a partir de 2025 todas as provas serão em formato digital, desde as provas de aferição do ensino básico até aos exames nacionais.

No próximo ano, um grupo de alunos do ensino secundário vai realizar, pela primeira vez, exames nacionais digitais, segundo o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), que decidiu que o projeto-piloto será aplicado a “duas ou três disciplinas”.

O plano, que põe fim às provas e exames nacionais em papel, foi experimentado no ano passado junto de seis mil alunos do ensino básico e deverá estar concluído em 2025, quando todos os estudantes tiverem de ler os enunciados das provas num ecrã.

Numa carta de solicitação enviada ao IAVE, o Ministério da Educação decidiu que no próximo ano será a vez de avançar com o projeto-piloto no secundário num “conjunto de exames nacionais”.

“O projeto-piloto será aplicado a todos os alunos que fazem uma determinada disciplina. Ainda não escolhemos as disciplinas, mas serão duas ou três que não tenham nem muito poucos nem muitos alunos inscritos”, revelou o presidente do IAVE, Luís Pereira dos Santos, em entrevista à Lusa.

Seguindo esta ideia, deverão ficar de fora disciplinas como Biologia e Geologia, Português, Física e Química A ou Matemática, que chegam a ter mais de 40 mil alunos inscritos só na 1.º fase.

Por outro lado, também não deverão ser escolhidos os alunos que fazem exames de Português Língua Não Materna, Mandarim ou Latim A, uma vez que são muito poucos: no ano passado, por exemplo, inscreveram-se 21 estudantes a Mandarim e 29 a Latim A.

Certo é que em 2025 todas as provas serão em formato digital, desde as provas de aferição do ensino básico até aos exames nacionais.

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