Hoje o Estádio Cidade de Coimbra acolhe o primeiro concerto da banda Coldplay, que prolonga a sua estadia e concertos nos dias 18, 20 e 21, com lotação esgotada!
Prevê-se a chegada do triplo da população residente da cidade, gerando um significativo aumento da economia local.
Banda britânica fundada em 1996 pelo vocalista e pianista Chris Martin e o guitarrista Jonny Buckland, têm feito um percurso musical memorável, dando o salto quântico para os palcos mundiais em 2000, com o lançamento da canção «Yellow».
Com a aclamação da crítica e galardoados com vários prémios, foi em 2008, com o seu álbum mais vendido «Viva la Vida or Death and All His Friends», produzido por Brian Eno, que rendeu à banda três Grammy Awards.
Ao longo da sua carreira, Colplay tornou-se uma das bandas com mais vendas de discos e singles em todo o mundo, alcançando mais de 100 milhões de vendas.
Com um estilo musical de Rock Alternativo no início da formação, com o «Álbum Vive la Vida», o estilo evoluiu para Art Rock, dando espaço a outras sonoridades orquestrais serem introduzidas nas músicas. Com a evolução da banda, a linha de rock alternativo inicial já foi ultrapassada há muito, estando agora presentes as sonoridades do ultimo Álbum « Music of the Spheres» (2021), num som experimental desde os instrumentos como linhas vocais com super efeitos.
Mas como se explica este fenómeno mundial, cujos bilhetes voaram em menos de nada?
Sendo ativista, Chris Martin soube liderar muito bem a banda, mantendo as músicas longe dos comerciais, de vendas de produtos. Recusam contratos milionários, alegando que perderia o sentido das suas letras, sendo as musicas associadas a vendas de produtos. Chris considera que as letras das suas canções possuem um significado que não deve ser destruído sendo associado aos mídia.
Penso que é exatamente neste ponto onde reside a força dos Coldplay. As letras das canções, que transmitem sempre aquilo que a humanidade parece perder diariamente: valores humanos, humanidade, sonhos, estrelas, esperança, positivismo. Falam sobre coisas comuns da vida mas de uma perspetiva construtiva e positiva! Observa- se isso em algumas letras de canções icónicas tais como: «Paradise», « A Sky Full Of Stars», « Vive La Vida»; « Magic» e « Higher Power».
Ainda como ativista, há também uma preocupação real de que os concertos sejam auto sustentáveis. Regressaram aos palcos depois de dois anos parados, para idealização de formas que tornassem possível os concertos de uma forma mais amiga a causas ambientais. A digressão tornou se assim movida a painéis solares e baterias sustentáveis.
“Ao mesmo tempo, estamos muito conscientes de que o planeta enfrenta uma crise climática. Por isso, passamos os últimos dois anos a consultar especialistas em meio ambiente para tornar esta digressão o mais sustentável possível”, frisaram.
O anúncio da digressão foi acompanhado por um conjunto “abrangente de iniciativas de sustentabilidade e de compromissos ambientais, incluindo o de reduzir as emissões de CO2 e plantar uma árvore para cada bilhete vendido”, lembra a Warner Music em comunicado.
Para além disto, os concertos incluem uma plataforma cinética que só vai produzir luz caso os fãs saltem.
Também a banda doa 10% dos lucros anualmente para caridade, todos os donativos que recebem dos fãs são também doados, apoia uma campanHa de alimentos criadas pelo Paul McCartney, incentivando mais o consumo alimentação vegetariana.
Este é o fenómeno mundial que hoje se monstra em Coimbra, 10 anos depois da sua apresentação em Paredes de Coura.
Termino com uma letra de uma música, que no fundo, transmite toda a essência literária das suas músicas: a consciencialização da contribuição de cada um por um mundo melhor. Esta é uma premissa capaz de influenciar novas gerações otimistas e construtivas de um mundo ideal!
«PARA, PARA, PARADISE, PARA PARA PARADISE,
PARA , PARA, PARADISE, OH OH OH OH OH, OH, OH !»