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Fernando Medina, Gonçalo Pires e Alexandra Reis também usaram carros da TAP para fins pessoais

Para além de Christine Ourmières-Widener, também Fernando Medina, Alexandra Reis e Gonçalo Pires utilizaram os carros da TAP para fins particulares.

As polémicas no caso da TAP continuam. A sexta Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP (CPI), do total de 62 audições definidas na agenda, aflorou mais uma. Depois de Alexandra Reis ter acusado a ex-CEO de utilizar o carro de serviço da empresa pública para uso pessoal, esta semana, o também exonerado presidente do conselho de administração, Manuel Beja, confirmou o episódio aos deputados e revelou que, quando confrontada, Christine Ourmières-Widener se disse vítima de uma “perseguição pessoal”, assegurando não ser a única dentro da companhia a fazê-lo. E, segundo o Dinheiro Vivo (DV), efetivamente não era.

Fernando Medina, Gonçalo Pires e Alexandra Reis também usaram carros da TAP para fins pessoais
Ilustração: Vitor Higgs

O jornal apurou que a prática era recorrente entre os administradores. Stéphanie Sá Silva, a mulher do agora ministro das Finanças, foi diretora jurídica da TAP durante quatro anos, tendo abandonado a transportadora em março de 2022, altura em que Fernando Medina entrou para o governo. Durante o período em que exerceu funções, no qual Medina era presidente da Câmara de Lisboa, também teve direito a um carro de serviço atribuído pela TAP. A advogada personalizou o automóvel, colocando suportes de bicicleta no tejadilho, e Medina foi visto, em diversos contextos, a conduzir a carrinha Peugeot 308 da frota da companhia, garante ao DV uma fonte que não quis identificar-se.

Também Alexandra Reis, que apontou o dedo à gestora francesa, teria os mesmos “telhados de vidro”, usando os serviços de motorista da TAP.

Alexandra Reis terá dado ordens para que os seus filhos fossem transportados para a academia do Sporting, em Alcochete, onde jogavam futebol. Terão sido várias as emergências familiares a justificar pedidos na secretaria-geral da empresa pública.

Já o administrador financeiro, Gonçalo Pires, também se socorreu dos serviços de motorista da companhia de aviação, tendo chegado a requerer a recolha dos filhos no colégio que frequentam em Lisboa, segundo a mesma fonte.

No caso de Christine Ourmières-Widener, o carro foi pedido algumas vezes para ir buscar o marido, Floyd Murray Widener, ao aeroporto. Há ainda o exemplo de uma diretora da companhia que pediu à TAP a troca de viatura, alegadamente, por esta não ter espaço suficiente para a família. A empresa acedeu e atribuiu-lhe um Peugeot 508 para substituir o modelo 308 que tinha inicialmente.

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